quarta-feira, 30 de abril de 2008

el pringao (dia 3).

Hoje foi mais um dia de trabalhar no curta El Pringao.
Fui até a Septima Ars pra gravar uma voz em off do meu personagem.

"¿Por que todo me sale mal? Si yo soy bueno y todo me sale mal... o fatal. Dicen que los buenos siempre ganan, pero eso sólo pasan en las películas.
Es hora de cambiar, de empezar una nueva vida, ser otra persona, ser menos bueno.
O malo, ¡si!, malo, pero muy malo y matar. No, no, eso es demasiado.
Robar, si, si, eso... robar.
Y ese será mi primer triunfo en mi carrera criminal y mi vida cambiará, seré envidiado por todos y ¡seré un triunfador!"

Espero que meu sotaque não esteja merdoso!


segunda-feira, 28 de abril de 2008

parque del oeste.

Desde antes da Paula vir passar uma semana aqui, eu tinha falado pra gente fazer um pique nique no parque. No último dos seus dias aqui, fizemos um. Por sorte, convidei a Claire, a menina francesa que mora comigo e ela chamou um montão de gente.
Estávamos no Parque Del Oeste, com uma galerona de vários países. Das nacionalidades que eu me lembro, estavam: brasileira, mexicana, estadunidense, nigeriana, portuguesa, espanhola, inglesa, noruega, grega, francesa... bem, acho que deu pra entender a reunião da ONU que foi.
Fazia um dia lindo, com um sol belo (e por que não? Azul). Muita gente bonita, pessoas tomando sol, outras jogando bola, algumas nos malabares e coisas circenses...

Hoje, voltei ao mesmo ponto de ontem, depois de ir até a Cidade Universitária. Tava vazio, céu nublado, sem gente...

hein?

...e continuar a conversa falando, como se a pessoa tivesse ouvido a primeira parte, sabe?

Muitas vezes me ocorre, de eu estar caminhando por aí com alguém e do nada, eu viro e falo: Hein? E a pessoa faz cara de "hein o quê?". É que as vezes eu estou pensando em alguma coisa e me pareceu tão natural, que saiu pela minha boca, a pessoa ouviu e não respondeu.

Muitas vezes, me acontece de pensar em algum assunto...

terça-feira, 22 de abril de 2008

resenha: hard candy.

Minha resenha curta de Hard Candy, Madonna:

"I'm just listening to Hard Candy and feeling so sad that I didn't have the same feeling I had when I heard Confessions for the first time. CODF was a revolution on my way to listen to pop/dance/electronic music and this new album is like "I heard it all before".
Well, it's ok, there are some songs quite nice and fun, but nothing like Sorry or Jump, that on the first time you hear, you realize how good they are.
I'm willing to listen to it a little bit more, to learn how to like it. But I miss the sensation I had with the previous album."

"Estoy ahora escuchando Hard Candy y me siento tán triste de no tener el mismo sentimiento que tuve cuando oí Confessions por primera vez. CODF fue una revolución tan grande en mi manera de escuchar músicas pop/dance/eletronicas y este nuevo album es algo "ya escuché todo eso antes".
Pues, vale, está bien, hay algunos temas buenos y entretenidos, pero nada como Sorry o Jump, que por primera vez que escuchas, tu percebes el cuanto són buenos.
Estoy dispuesto a oir el album un poco más, para aprender a gustar. Pero echo de menos la sensacion que tuve con el album anterior."

Na tentativa de me expressar em duas línguas.

felicidade ao quadrado.

Estou escutando o novo CD da Madonna: Hard Candy. Todo blog tem falado sobre isso. Então, não vou gastar muito esse tempo falando se eu gosto ou não. Se tal música é boa, comercial ou pegajosa demais.
O que eu quero falar é: um novo álbum dela é minha felicidade a cada 3 anos (seja ruim ou maravilhoso). Manda fazer um por mês?

Quando se iniciou a 4a. temporada de Lost, eu meio que falei algo parecido, mas trocando os anos por semana e o mês por dia.

Então, o meu único comentário é, segunda feira e quinta feira (retorno dos episódios de Perdidos: 4x09 - The Shape of Things to Come) farão da semana felicidade ao quadrado.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

nomes.

A Giovanna, minha amiga que morava em Madrid, me abandonou nessa cidade e voltou pro Brasil, tem o mesmo problema que eu: a grande dificuldade de guardar o nome da pessoa a que é apresentada.
Eu sempre tive essa "mania" e nunca tinha ouvido alguém dizer que a tinha também. E quando, ela me disse que sofria do mesmo mal, foi como encontrar a alma gêmea.
Sempre que eu sou apresentado a alguém, e a pessoa diz o nome da outra, eu nunca presto atenção. Estou pensando em algo diferente. Notando no leve estrabismo de um olho ou no feijãozinho que o indivíduo deixou o dia todo ali no dente, depois de almoçar. Ou com nada na cabeça, mas sem notar que me disseram como se chamava.
Isso causa alguns embaraços.

O Carlos, peruano que mora comigo, tem uma amiga super bacaninha, argentina, que sempre está em casa.
Hoje, andando na rua, a encontro e quando vou apresentá-la a minha amiga Paula, que me acompanhava, intruduzo como Silvia. E só depois que a mina foi embora que eu lembro que esse não era seu nome. Morri de vergonha interna.
E se eu não tivesse pensando em berinjelas quando eu a conheci, talvez saberia que o nome dela é Ruth.

roupas iguais.

Eu quero ter um filho só. E que seja meninO!
Mas as vezes tenho uma vontade de que nasçam gêmeos. Só pra eu mostrar pro mundo que não é legal vestir crianças com a mesma roupa. Oi? Deixa o bebê ter personalidade, por favor?
E é aí que eu me deparo uma vez a cada quinzena com famílias felizes andando pelo parque. Sempre com seus dois rebentos (as vezes até três) vestindo roupas iguais. E nem se quer são gêmeos!
Agora me diz: o que passa na cabeça de pais que vestem os filhos com a mesma roupa? Um com 5 anos e o outro com três, e vestidos de igual maneira.
Tá, me vem um pensamento: os pais querem que os filhos sejam tratados de forma igual, sem competitividade (o que eu já começo a discordar). Não podem eles dar as roupas idênticas, mas vesti-los com roupas diferentes no dia?
O que pensa essa gente? Alguém me explica?

sexta-feira, 18 de abril de 2008

el pringao (dia 2).

(se não leu o dia 1, dá uma abaixada)

Hoje foi o segundo dia de filmagem do curta "El Pringao" (em português, "O Bocó"), dirigido por Carolina Contreras.
É um exercício enorme para o ator filmar algo em película. Claro, pra todos os envolvidos é uma grande experiência, mas quem está ali atuando diante da câmera tem que pensar em não mover sua cabeça demais para a esquerda, enquanto seu pé está pisando na marca do chão e, suas mãos pegam algo na estante e levantam a uma certa altura que entre no quadro. Tudo isso com o personagem sempre ali. E com uma grande pressão de não poder errar quando o rolo de filme estiver girando dentro da câmera e ela realmente estiver gravando (já que um centímetro de película custa uma fortuna).

Durante as filmagens, tinha uma vontade imensa de estar nos bastidores. Porém, é bom ser o centro das atenções. Quando todos estão te paparicando e querem que você esteja bem.

Ontem, no post anterior, eu prometi o final da história. "Pues... vá ser que si...", vai ficar como surpresa pra quando você assistir o filme. E pra não deixar promessas serem quebradas assim, faço outra pra poder cobrir essa e cumprir a nova. Colocarei fotos dos dois dias de filmagem no flickr. Hoje eu tentei pegar as fotos que estavam na máquina de uma das meninas da direção de arte, mas não rolou. Mas vou fazer o máximo pra consegui-las.

"Dejalo, tio... ya estoy harto!"

quarta-feira, 16 de abril de 2008

el pringao (dia 1).

Meu nome é Gonzalo.
Eu tento, eu vou atrás, eu me esforço... mas nada dá certo pra mim. Eu não sei o que me acontece.
Hoje, meu tio me mandou buscar umas azeitonas pra ele e veio falando que eu só faço coisas erradas. Depois, num almoço de família, não tinha espaço na mesa dos adultos, tive que sentar com as crianças (e até me tacaram puré na cara!). Aí, fui num bar e até o garçom me zoou. Queria jogar videogame com meus amigos, mas eles falaram que eu sou um tapado e não poderia relar no controle. Aff!
Bem, depois de tudo isso, fui beber umas aí pela rua com uns colegas. Eles ficaram rindo de mim e eu fui embora puto, cheguei perto do carro e tinha uma multa, entrei e ele não funcionava, abri o capô pra ver o que era e quando fui fechar, prendi o dedo.
Como uma bola de neve, tudo isso me fez olhar pra uma loja e decidir roubá-la, pra mostrar pro mundo como eu posso, de alguma forma, ter sucesso em algum empreendimento. Peguei uma chave de fenda, parei em frente e quando estava entrando, tropecei...
(amanhã continua)

Filmando um curta pra uma estudante da escola Septima Ars. Chama-se "El Pringao".

segunda-feira, 14 de abril de 2008

india.

Outro dia aí eu tava em Verona, na Itália. Tá, faz mais de meio ano, mas ok. Conheci umas minas espanholas no albergue, que tinham acabado de voltar da Índia e me contaram que dá pra viver um dia inteiro - com comida, hotel, transporte, visita ao templo de Shiva, tour pelo estúdio de "Indiana Jones e o Templo Perdido" (quem vê pensa que foi filmado lá), yoga, túmulo do Gandhi, passagem pro trem de Darjeeling, meu, uma pá de coisa - gastando a fortuna de 1 (hum) euro.
Aí eu fico pensando que eu adoraria ir pra India por outros três motivos:
1) conhecer o Little Superstar.
2) descobrir se é verdade essa história do bebê de duas caras.
3) falar com a mina que tirou o posto da Joana Jote de menor pessoa do mundo. Cara, ela tem 58 centímetros.

Falando em India, India, India, eu me pergunto: por que todo indiano que passa por mim, tem cheiro de curry?

velhos no metrô.

Eu sempre cedo meu lugar ao idoso no ônibus e no metrô.
Mas aí, você se fode quando vai pra uma cidade tipo Milão. Tá, é legal fazer a boa ação dia, mas tem dia que, pôxa, você tá afim é de se largar no assento e ver a paisagem porque andou pra lá e pra cá sem parar (e como se não bastasse: debaixo de chuva). E como aquela cidade na Itália só tem geriátricos, fica difícil ser preguiçoso no trem.
Aí, você voa pra Madri, pega o metrôzinho ali no aeroporto mesmo e segue em direção a sua casa. Bem, essa cidade tem muito menos velhos que na outra citada ali em cima, mas as vezes tem um ou outro pra encher o saco, fazer cara de coitado e te tirar do banco.
Mas tudo bem, eu levanto de coração.
A grande revolta disso tudo é quando alguém quer intervir. Outro dia, eu tava num ônibus em São Paulo, sentado no banco ali na frente, antes de passar pela catraca, lendo um livro (detalhe: o assento não era reservado, nada de cabeceira amarelinha). Aí, uma velha entrou e eu nem me liguei. Tava entretido. Ouço: "A senhora quer sentar ali?". Um idiota se achando o dono da boa ação, apontando pra mim. Oi? E se eu não tenho um e você num viu? Oi? E se eu sou um cara de 73 anos tipo Angêla Bismarchi de tanta plástica? Oi? E se eu sou o homem-grávido? Hein? Hein?

Por isso, no transporte público de São Paulo, a única coisa que eu sinto falta são aqueles bancos em cor cinza no Metrô. Cara, é genial. Os véio tudo sentam lá e você fica livre de ter que se levantar, se estiver no assento marronzinho.



P.S. - Essa não é a razão do nome do blog.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

bomba atômica.

Quando eu fazia Célia Helena, tive aula com o Ruy Cortez. E em uma das classes, ele falou sobre o super-objetivo do personagem. Que seria a maior meta que a pessoa quer alcançar na vida e assim, tudo que faz é voltado para chegar lá.
Por exemplo: Luis quer ser presidente da República. Então, vai a festas de políticos com mulatas sambantes, aprende a fazer pequenos roubos sem ser notado e, bebe cachaça e come seu churrasquinho todo fim de semana.
Bem, eu acho que hoje eu decidi meu super-objetivo.

"Jogar uma bomba atômica em Milão."

Boa escolha, não? Lá vou eu cumprir meus mini-objetivos pra concluir o super: conversar com terroristas, aprender física e química aplicadas e fazer um plano pra seqüestrar um avião.
Quem diria que algo da aula do Ruy ia permanecer em mim?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

planeta dos macacos.

Falando em cinema. Ontem, o ex-presidente da Assossiação Nacional do Rifle (americana) Charlton Heston faleceu. Ok, ok. Ele era ator também. Tá, tá. Mais respeito, o tio(-avô) tinha um Oscar por Ben Hur e atuou por aí no papel de Moisés.
Cara, ele fez algum filme-pipoca nos 80? Então pronto, preguiça. Eu que não vou ficar 17 horas vendo "Os Dez Mandamentos" só pra no final, ele levantar o braço e abrir o mar.
Enfim, tudo isso não é pra fazer homenagem, é pra reclamar.
Lá vai: por que diabos os otários da distribuidora brasileira d"O Planeta dos Macacos" (o original - eu ia escrever "o que ele atuou", mas o tataravô tava no do Tim Burton também) colocam uma foto do final do filme na capa do DVD? Por quê? Por quê?
Eu sempre odiei saber esse final e o filme nunca teve o mesmo impacto pra mim do que deve ter tido pro resto do mundo, que viu no cinema ou em países que não imprimiram estupidamente o clímax do filme. (Como prova, clica aqui e vê - se você já assistiu).
Seus maníacos, vocês estragaram tudo. Eu os condeno. Que Deus os condene todos ao inferno.

cinema-pipoca nos anos 80.

Nasci em 1985 e adoro essa década. Claro, é um pouco clichê nesses tempos gostar dos anos 80. Todo mundo já falou sobre eles. Já foram, entraram, saíram e voltaram à moda. Por isso, vou fazer um post bem específico.
Cinema.
Ando obcecado em assistir filmes do decênio das ombreiras e polainas. E são filmes que eu, já com minha idade "avançada" deveria ter assistido, afinal sou dessa época e já passei pela infância e adolescência.
Comecei com "De Volta Para o Futuro". Que genial! Vi toda a trilogia e esse longa de 6 horas de duração me fez arrepender de não ter visto antes, para poder rever agora e amanhã.
Assisti "Tootsie" também. Com Dustin Hoffman, encarnando Dorothy Michaels, a atriz que é melhor sucedida que o ator. A cara da Celine Dion!
Acabo de ver "Curtindo a Vida Adoidado". Cult adolescente. Filme de arte em High School (ou fora dela). Matthew Broderick no seu esplendor de charme. (Cara, eu ia escrever que ele só fez merda depois desse... mas dei uma iêmidêbêizada e ele fez a voz do Simba n"O Rei Leão", ok, respeito.)
E agora, pra talvez fechar o ciclo anos 80 (ou não), estou baixando os três Indiana Jones. Que, com certeza, você está lendo isso e perguntando: "Caraca, cê num tinha visto nenhum desses e num viu nenhum filme do Indy?"
Pois é, não vi. Mas já estou tirando o atraso... Oh, yeah! Chica-Chik-Ah!



"Curtindo a Vida Adoidado" ("Ferris Bueller's Day Off")
Direção: John Hughes.

domingo, 6 de abril de 2008

la mejor marcha de madrid.

Alguns meses atrás, fui a Low Club. Saí de lá dizendo ter encontrado a Lôca de Madrid (e com isso digo, uma balada que eu pudesse freqüentar e me sentir bem dançando, vendo gente como a gente e tudo mais). Fui mais algumas vezes e me decepcionei completamente. Nunca mais voltei depois de ter entregado um cd com meu set, com intenção de tocar lá (porque eles têm uma Pop Room e tinha tudo a ver).

Hoje, acabo de voltar da Sala Wind, festa Elástico. Pela terceira vez que fui, posso dizer que me encontrei na noite de Madrid. Três é demais (para saber se um lugar te agrada ou não).
Já escrevi sobre os sábados madrilenhos nesse post. E assino embaixo tudo o que disse antes.
O caminho de casa, andando a pé pela Gran Via, sempre é tão bom depois de me esbaldar com as canções que tocam ali. E sempre vou embora alegre, com fone de ouvido, dançando como se estivesse lá dentro, ouvindo o que os DJs tocam.
Repito, simbora lá sábado de novo, nêgada!

"This song is not for you lovers
Woo-oo-oo
Don't stop push it now
And I will give it all to you"
The Sounds - Tony The Beat

sexta-feira, 4 de abril de 2008

preconceito brasileiro.

As vezes, eu conheço um espanhol que me diz: "Mira, yo tengo un amigo brasileño... voy a presentarte a él". No fundo, no fundo, eu não quero conhecer. É preconceito, eu sei. Aí, quando faço a negação, faz um cara de estranhamento e me faz uma pergunta que é tão difícil responder com as devidas palavras.
"Olha, é que... bem... hm... os brasileiros que vêm para cá são o oposto do que eu sou." Bem, não é uma resposta boa.
"Os do meu país que decidem imigrar para a Espanha (ou qualquer outra parte do primeiro mundo), querem fazer a vida, ganhar dinheiro e mandar para a família... não que eu tenha algo contra isso, só que é um povo sem cultura, com menos de 2400 palavras no vocabulário e que manter uma conversação que seja ao menos interessante é difícil." Acho que está melhor explicado, mas o sentimento num dá pra explicar com palavras.

Tentarei explicar:
Estava eu na academia e outro dia, fiz amizade com um brasileiro. Ontem, como quem não quer nada, só pra conversar, fui perguntar o que ele fazia aqui. Sua resposta: "Ganho dinheiro!" "Uhn, trabalhando em quê?" "Eu não trabalho, ganho dinheiro." "E como ganha dinheiro?" "Fazendo nada". Bem, talvez lendo isso que eu escrevi, haja um tom de coleguismo ou de ironia simpática, mas não, havia um ar de superior na fala dele, como se ele fosse melhor, mesmo sendo um ilegal aqui e lá fui eu "tipo, oi, espera aí que eu vou colocar meu fone pra não ouvir mais sua voz, bjo(não)meliga." Sim, me subiu o ego e retruquei, mesmo que internamente.

Deu pra entender?

De qualquer jeito, eu continuo com meu preconceito, mas é um preconceito vazio, oco, porque na verdade, eu não desisto de falar português com um conterrâneo.