sábado, 26 de julho de 2008

la casa azul way of life.

A minha querida Maria "Chewbacca" Renata me incumbiu um novo meme, adoro esses joguinhos de blog. São tão bestas, mas divertidos de fazer.
As regras são essas:

1- Escolher banda/artista.
2- Responder somente com os títulos das canções.

Eu pensei em escolher os Puppets, mas eles só têm um cd. Acho que Madonna, mas fiquei com preguiça do inglês. A minha decisão, então, é La Casa Azul (principalmente, porque a Daniela vai escolher Skank, assim a gente não se repete).

1. Descreva-se:
Superguay

2. O que as pessoas acham de você:
Como un fan

3. Descreva sua última relação:
C'est Fini

4. Descreva a atual relação:
Mucho Más De Lo Normal

5. Onde queria estar agora:
Un Mundo Mejor

6. O que você pensa sobre o amor:
El Momento Más Feliz

7. Como é sua vida:
Triple Salto Mortal

8. Se tivesse direito a apenas um desejo:
Esta Noche Sólo Cantan Para Mi

9. Uma frase sábia:
No Más Myolastan

10. Uma frase para os próximos:
Siempre Brilla El Sol

Repasso isso aqui pra Dani, pro pessoal do Bebi Meu Progresso e Será Que Sou Eu?, pra Carolina Molina, pras meninas do Neura Nada e pra Paula Guidugli.

confusão.

Todo mundo sabe que eu não moro no Brasil (agora) e quando se está longe dos seus amigos, você acaba vendo-os nas caras da gente que passa por aí. Muitas vezes, eu estou andando na rua e cruzo um "conhecido", vem aquela esperança de "você tá aqui" e depois vejo que nunca vi a pessoa mais gorda.

Por exemplo, ontem. Eu tava na balada e uma menina diz pra eu tomar cuidado com o cigarro no vestido dela. Eu virei e instantâneamente pensei que era a Luanne (que eu nem conheço ainda), numa versão feia. Sorte que não era ela, afinal a original é bonita. No mesmo dia, vejo uma menina com o cabelo preso num coque meio solto atrás da cabeça e me vem a Estrela, que se encontra mais longe ainda (em Buenos Aires) e também um menino com uma camisa quadriculada = Branco.

Mas já vi mais gente por aí, as vezes de propósito, quando fui ao cinema ver "Sexo en Nueva York" e me deparei com Daniela.

De lembrança, já cruzei com o Marco, com o Pedro, com a Camilla, com o Alê, com o André, com a Mariana, com o Bruno... vish, com tanta gente. É o que a solidão amistícia nos proporciona, esses breves momentos de sublimação e a queda logo em seguida. Porém, por sorte já comecei a construir minhas amizades aqui (apesar de que é difícil, o povo está constantemente viajando). Então, hoje eu não vou ficar em casa, vou dar um rolê por aí e ver se encontro o Arrigo e/ou o Rafa e/ou a Joana e/ou Carol e/ou...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

the last shadow puppets - the age of understatement.

Acho que chegou a hora de fazer o faixa-a-faixa d'The Age of Understatement, o disco de debute d'The Last Shadow Puppets, a segunda banda de Alex Turner (Arctic Monkeys) e Miles Kane (The Rascals). O álbum saiu em abril de 2008 e conheci através de um amigo virtual espanhol. Automaticamente viciei. Tem quase 800 reproduções no meu Last.fm.
Os Monkeys, eu já conhecia, até gostava. Os Rascals nunca tinha ouvido. Agora, os Puppets têm todo um charme que só a união desses dois vocalistas poderia gerar.
Aqui vai:

THE AGE OF UNDERSTATEMENT - O primeiro single. Em ritmo de marcha. Os dois aqui cantam com uma fúria calma. Tem umas mudanças melódicas na letra que me encantam. É uma música escura, preta. Nada dançante, mas muito boa. Turner e Kane cantando juntos durante toda a canção, como o projeto pede a união. Só depois que eles fazem o tipo dueto tradicional de cada um cantar um verso. 5 estrelas.

STANDING NEXT TO ME - O amor está do meu lado. Essa já está mais pro bailado. Lembra músicas dos 60: The Beatles. Uma coisa Wonders. O clipe mostra isso também, com um plano sequência e o charme dos dois. Essa música é mais de Kane, que é um pouco mais exagerado, porém nas partes mais fortes, Turner está ali para ajudar. Ainda quero ouvir isso em alguma balada. 5 estrelas.

CALM LIKE YOU - Um conselho para algum cara aí, que deveria ser mais calmo e no final tudo o que ele disse foi: adeus! Essa mostra todo o charme da voz e o talento vocal de Alex Turner, talvez o grande atrativo que me chamou a gostar mais dessa banda. Praticamente cantada só por ele. Lenta, porém gostosa. 4 estrelas.

SEPARATE AND EVER DEADLY - Toda a eloquência de Miles Kane mostrada aqui. Com seu sotaque britânico e claro, com a ajuda do companheiro. Outra vez, a bateria evoca uma marcha, logo depois do refrão. Imagino o vocalista do Rascals cantando "biting, butter and crumbs" cuspindo em todo o microfone, eu falo que o rapaz é exagerado. 4 estrelas.

THE CHAMBER - Essa é de Turner, mas é meio parada. Meio chata. Meio falando de estar preso numa câmara. Meio... hum... sei lá. Todo um instrumental devagar. 2 estrelas.

ONLY THE TRUTH - "Só a verdade" cantado no início como um grito de torcida, a guitarra e a bateria acompanhando, pra logo vir os versos cantados rapidamente com toda a prosódia do Reino Unido. Essa é dos dois, cantando juntos. Escrevendo isso sobre essa música, percebo que o cd todo é inspirado em marchas. 4 estrelas.

MY MISTAKES WERE MADE FOR YOU - Lembra da crítica do Hard Candy, da Madonna que eu escrevi? Eu falava que tem músicas que você começa a gostar só pelo título. Essa d'The Last Shadow Puppets é uma delas. "Meus erros são cometidos para você". Quem canta é Alex Turner. É como uma declaração. Percebo aqui que o Miles Kane não tasca nada quando uma música é do outro. O que me alegro muito, ele deve ter percebido que com o talento do vocalista dos Monkeys, ninguém chega perto. 3 estrelas.

BLACK PANT - Aqui de novo uma influência sessentista. Um twist um pouco mais lento, misturado com frases que perguntam o por quê de pedir desculpas. Uma mescla de momentos em que o ritmo cresce com partes mais lentas. Os dois comandam. Tem um riff em violino (?) com poucas notas, porém muito bem elaborado (talvez seja isso que valha a minha nota). 4 estrelas.

I DON'T LIKE YOU ANYMORE - Essa é do Alex Turner. Aqui ele tá uma escorregada. Uma músiquinha rapidinha com clima de lenta, devagar... meio sono quando fica calma. 3 estrelas.

IN MY ROOM - Meio repetitiva. Meio chata. Quando eu não vou com a cara de uma música, nem tenho muito o que comentar. Afinal, depois que peguei birra, parei de escutar, aperto pra próxima sempre. Mas tem aí o clima de marcha, umas vozes femininas no fundo. Sei lá que mais. 3 estrelas.

MEETING PLACE - Talvez seja essa a que eu mais gosto. Sobre a história de um desencontro amoroso. Eu, como já disse, não sou teórico de música, nem nada. Apenas gosto de escrever o que eu acho das faixas dos discos dos meus artistas do coração. Essa aqui me evoca um clima meio bossa, posso estar totalmente equivocado, mas ok. O encanto das duas vozes fazendo dueto, com atenção, claro, pra quem? Preciso dizer? O que me fez gostar mais dessa é o video que eles gravaram ao vivo, onde no final, o Alex faz um gesto que mostra todo seu charme. "O tempo é cruel pra todo mundo". 5 estrelas.

THE TIME HAS COME AGAIN - Essa eu nunca parei pra escutar. Em verdade, nunca prestei muita atenção, porque eu ouvia a anterior e essa canção vinha, eu não reparava e quando via já tinha terminado. Forma ruim de acabar um disco, parece a Madonna. Eu sempre acho que tem que terminar um álbum com uma música boa, fechando com chave de ouro. Afinal, nos shows sempre deixam as melhores pro final, não? 2 estrelas.

THE AGE OF UNDERSTATEMENT - 4 estrelas.

Enfim, acho que esse faixa-a-faixa foi mais pessoal que técnico... mas também, quem disse que eu manjo assim no musicalmente?
Agora, eu só espero para ir num show deles. Mas segundo a agenda, no site, até outubro só concertos no Reino Unido. Humpf! Isso porque em Março, eles vieram pra Madri, na época que ninguém conhecia ainda e fizeram uma apresentação surpresa, sem divulgação, em uma balada. Quem me dera ter sido o sortudo... mas tem que saber estar no lugar exato, na hora exata. Humpf de novo!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

meu ladrão é meu melhor amigo.

Muita gente aqui me pergunta se o Brasil é perigoso. Minha resposta mais comum é: depende da sua sorte. Digo isso mesmo se a pessoa vai ao Rio de Janeiro ou a São Paulo, afinal, eu morei quase 5 anos na capital paulista e fui assaltado uma única vez... e na verdade, nem foi bem um assalto, foi mais pra um empréstimo amigável de dois reais.

Para aqueles que nunca me ouviram contando essa história, aqui vai:

Estava eu saindo d'A Lôca um domingo qualquer, bêbado, sem tostão pra pegar um taxi, as 5 da manhã. Decidi ir a pé, desci a Rua Frei Caneca, virei ali pra pegar o último quarteirão da Augusta e resolvi comprar um chocolate e uma Coca-Cola no posto que está na esquina dessa rua, com meu atalho do perigo, a Caio Prado. Eu mesmo sabendo que era cheio de árvores, escuro e com 80% de chance de ser roubado, fui por ali mesmo, porque era o caminho mais perto, o álcool e a preguiça batendo.
Fui comendo e sem abrir a lata de refri, no meio do quarteirão, entre a Augusta e a Consolação, sinto alguém segurando meu pulso. "Corre não, senão o cara que tá atrás vai te pegar". Olhei pra trás, tinha um moleque. "Não vou correr, véio, pode me soltar aê" (claro, tem que usar o mesmo linguajar). Ele tirou a mão de mim. "Que que cê tem aí? Abre a carteira". "Pô, véio, só tenho dois reais". Me tirou os dois reais. "E esse dólar aí?". Levou a nota americana também. "É o que eu tenho". "E no outro bolso?". Meu celular estava na assistência técnica e eu com um emprestado. "Pô, esse telefone nem é meu". "Tudo bem, a gente nem rouba celular". "Valeu!". Nisso, num rompante de amizade, o rapaz me diz: "Ei, tu é mó gente fina, véio. Dá um abraço aí". "Oi?". "Pô, tu não vai me dá um abraço?". Eu fiz o gesto carinhoso que ele me pediu. "Quer o dólar de volta?" "Não, valeu, quer a Coca-Cola pra vocês?". "Não, não... falou, véio. Fica com Deus aí, té mais!". E foi embora. Cheguei rindo na minha casa.

Nunca um roubo poderia ter feito minha noite acabar tão agradavelmente.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

sangue.

Outro dia aí, há uns meses, eu tava passando pela Sé de Madri, chamada Puerta del Sol, e vi um desses ônibus de doação de sangue. Como já tinha doado quando morava do lado da Santa Casa de São Paulo, decidi fazer a boa ação novamente. Entrei, a menina me atendeu e me deu uma ficha pra preencher. Assim que eu terminei de escrever, ela volta para mim e diz: "Desculpa, mas você não pode doar." Oi? "É que você é brasileiro." E? "E no Brasil tem selva." Ahn?

Acabei não cedendo meu sangue porque o país que eu nasci tem mato e doenças tropicais (tipo malária, febre amarela...). Pode? Eu tentei argumentar, dizendo que eu nunca tinha visto selva na minha vida, afinal, para a sua consideração, eu vinha de São Paulo, que "somente" é 4 vezes maior que a capital da Espanha. Mas mesmo assim, eu não pude.

E aí, eu fico me perguntando: antes de passar o sangue das pessoas para outras, eles não fazem todos os testes?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

oscar no velho.

Nem é época de Oscar, mas fiquei pensando numa coisa.
Eu acho que o ganhador de melhor ator/atriz (coadjuvante ou não), deveria ser o mais idoso dos 5 indicados. É, isso mesmo. O que tá mais perto do caixão, deveria levar a estátueta de ouro.
Digo isso, porque passou pela minha cabeça que a velha do Titanic já deve ter morrido (segundo o iêmedêbê, Gloria Stuart não morreu não e no último 4 de julho, fez 98 anos) e quando concorreu por atriz secundária, perdeu pra Kim Bassinger (que apesar de não ser tão jovem assim, pode fazer outras coisas pra ganhar).
E outro exemplo é o Hol Holbrook. Que tava lá entre os cinco, esse ano e quem levou foi o Javier Bardem... que ok, merecia. Mas oi? O ator de "Na Natureza Selvagem" vai morrer daqui 2 segundos, beijosmedáumoscar.

Pra polemizar, não acho que o Heath Ledger deva receber Oscar póstumo nenhum. Pra quê? Não vai servir de nada. Quer fazer homenagem? Constrói uma estátua na cidade dele, coloca nome de rua, faz uma cinebiografia ou compra o bonequinho de Coringa do próximo filme.

Mudando o nome do blog para: http://oscarnovelho.blogspot.com.

terça-feira, 8 de julho de 2008

amor e a cidade.

É engraçado como a vida nos coloca em caminhos e parece rir deles na nossa cara. Mas isso é só um ponto de vista. Ela pode estar simplesmente querendo mostrar que nem tudo é uma grande tempestade em copo d'água.

Hoje, recebi meu pagamento por ter trabalhado. Decidi ir ao cinema, ver a adaptação cinematográfica de uma das únicas séries que eu vi do começo ao fim, no nome daqui: "Sexo En Nueva York" (a.k.a. "Sex And The City").

Semana passada, ocorreu em Madri a semana do Orgulho Gay. Começando na quarta-feira e chegando ao fim no domingo. Em meio a baladas e festas pela cidade, onde eu me diverti como nunca, fiquei bêbado, quase casei e mudei, vi show de graça, assisti o clipe da música que eu mais gosto atualmente e milhões de outras histórias, eu terminei um projeto pessoal que há muito escrevia. É uma peça de teatro. Autobiográfica. "Bidu". Mostrando um alterego feminino, em um monólogo, passando pelas dificuldades de ter um amor a distância e superando o fato de estar separada de sua pessoa. Ela sou eu. Eu sou Ela. A minha obra conta como foi a evolução do que eu sinto pelo Pedro.

Hoje, eu vi "Sexo e a Cidade" e saí de lá, no horário local, depois da meia noite, dia 8 de julho. Dia que o Bidu, em questão, faz 24 anos. Entrei no cinema, decidido em não enviar, não contar, não ligar, não interagir, não contactar... Saí do cinema, decidido que houve uma mudança em mim. Acabou o sofrimento. Eu vomitei tudo de mal que sentia. Agora, tem uma sensação boa de ter dividido três anos e meio com uma pessoa que tá guardadinha aqui dentro do meu coração.
Pois, aqui fica meu desejo de Feliz Aniversário. O email pronto pra ser enviado com o documento do Word em anexo, afinal aqui já é o dia de seu nascimento.

La vida nos pone en varios senderos y en ellos, muchas personas vienen y van... y ahora estoy aqui quierendo convertir, los campos en ciudad, mezclando el cielo con el mar con tanto amor para regalar que, con certeza, no me faltará gente para entregarlo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

chôu: the ting tings.

Depois de descobrir que haveria um show do The Ting Tings aqui em Madrid, no Ocho y Medio (que é uma das baladas mais legais daqui) e de graça, fiquei ansioso.
Duas semanas antes, passei na frente de lá e vi um único flyer do concerto no chão, e para entrar era preciso entregar esse papel no dia. Mas tudo bem, porque depois, no Elastico, eu encontrei muitos outros.

Fui com meu (novo) companheiro de apê e uma colega da escola. Ficamos uma hora e meia na fila, com receio de que ia lotar e a gente não poderia entrar. Mas conseguimos.

O show foi bem curto, menor que o tempo de espera, mas valeu a pena. Apesar do calor que fazia lá dentro, por causa das 459 pessoas respirando, deu pra cantar e dançar. Os dois únicos integrantes da banda cantaram os três sucessos e mais umas 4 ou 5 do primeiro álbum.
Katie White (voz, guitarra e contrabaixo) é linda, apesar de ser um pouco antipatica. Ficou na dela, num fez comentários, nem nada. Imagino que seja porque estava um forno aquele lugar e além disso, o povo fumava muito. Coisa que qualquer um que seja de outro lugar da Europa, não está acostumado.

Jules de Martino, que toca bateria e faz uns coros, já é um pouco mais amigável. Falou umas palavras em espanhol e chamou a platéia.

O único problema do concerto é que no bis eles cantaram a última música do disco, que nem é tão boa. Eu preferiria que eles não tocassem "That's Not My Name" durante a parte regular e voltassem com essa, que seria para levantar a galera.

Curto, porém divertido.