quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

dois mil e oito.

2008.

Pontos Altos
- "Você é ator?"
- Show da Madonna, com Diego e com a companhia em algum lugar do estádio do Arthur.
- Visita dos meus pais a Madrid, emocionante rever os dois depois de mais de um ano.
- Pequenos picos com cada email de Luanne, logo cada verdinho seu no msn, logo cada telefonada, logo a apresentação dentro da minha casa, logo cada saída, logo cada risada, logo cada curta, logo cada fumaça, logo cada tropeço, logo esse reveillon.
- Paris. Ver a Torre Eiffel pela primeira vez é algo difícil de explicar, andar por suas ruas charmosas e antigas é uma coisa que não dá pra descrever, respirar esse ar de nouvelle vague e artistas avant guarde só estando nesse cidade inesquecível...

Pontos Baixos
- Não ter passado no vestibular na Espanha.
- Ter sofrido muito por nada.
- Passei pelo pior trabalho do universo: entreguei flyers na rua.
- No meu primeiro freela, fiz o trabalho, o cara era escroto, me xingou e depois mandou um email pedindo desculpas. Logo, não deu respostas e não quis mais meu trabalho, horas jogadas no lixo.
- Perder a câmera digital do Diego.

Baladas de Madri
- Elástico, pela proximidade com a sensação que eu tinha quando ia à A Loca.
- Ocho y Medio, pelas tantas vezes que eu vi o Guille Milkyway (o cara por trás d'La Casa Azul) tocar ali.
- Mi Madre Era Una Groupie, balada legal que a Luanne me apresentou, pena que eu tava bem bêbado nesse dia.
- Sala El Sol, super divertida quando você tiver uma amiga com fogo entre as pernas e quer conhecer alguém. Além disso, o som é bem bom.
- Boite, nunca pensei que lá eu fosse conhecer uma pessoa tão especial.

Shows
- La Casa Azul
- The Ting Tings
- The Last Shadow Puppets
- Madonna
- Arctic Monkeys (At The Apollo - DVD)

Artistas (execuções no Last.fm)
- Madonna (1430)
- The Last Shadow Puppets (1144)
- La Casa Azul (1050)
- Arctic Monkeys (868)
- Coldplay (620)

Músicas
- Ainda Gosto Dela (Skank)

- Esta Noche Solo Cantan Para Mi (La Casa Azul)

- Blind (Hercules And The Love Affair)

- Viva La Vida (Coldplay)

- The Next Time Around (Little Joy)


Filmes (estrelas dadas no aplicativo do facebook)
- The Dark Knight (5)
- Jogo de Cena (4)
- Vicky Cristina Barcelona (4)
- Wall-E (5)
- The Assassination of Jesse James By The Coward Robert Ford (4)

domingo, 28 de dezembro de 2008

sete.

Sete coisas que você não sabe sobre mim.

A pedidos de Daniela, estou fazendo aqui um novo meme. Algumas de minhas vontades, desejos ou assuntos que eu não comento muito e que provavelmente, você não sabe sobre a minha pessoa.

1) Eu quero ir pra Bucareste. Algo que já comentei aqui, mas que, como é uma coisa muito íntima, talvez pouca gente saiba ou se lembra. Um sonho adolescente de conhecer o castelo do Vlad Tepes, vulgo Drácula.

2) Sempre que eu masco chiclete, mordo a língua. S-E-M-P-R-E. É uma merda!

3) Eu detesto dormir com a mão suja. Tá, explico melhor. Eu não gosto de dormir sem antes lavar minha mão. Uma daquelas manias, sabe?

4) Eu já pedi dinheiro na rua. Tá, não foi tão assim desesperador, mas foi horrível. É uma sensação péssima. Eu estava no shopping Metrô Santa Cruz, em São Paulo, com um amigo e a gente não tinha dinheiro mais pra pegar a condução pra voltar pra casa, me faltava, sei lá, 10 centavos. Tive que pedir.

5) Algumas pessoas sabem, mas as vezes é bom falar. Eu assisti um show de rock no estádio do Pacaembu, também em São Paulo, do palco. Foi bem incrível, ver toda aquela gente gritando, esperneando e se amassando lá embaixo, enquanto no palco, eu via o show sussegado. Ah, era o Red Hot Chili Peppers.

6) Eu tenho uma grande nóia de que, quando eu estou nos lugares, e com mais gente, eu esteja fedendo. Aff!

7) Eu adoro programas de auditório. Tipo Silvio Santos mesmo. Seja em qualquer língua, até me espanhol.

Aí, como todo meme, tenho que passar e recomendar pra mais gente, lá vai: Maria Renata, Arthur, Daniel, Carol e Pops.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

pequeno prazer.

sábado, 6 de dezembro de 2008

fofa.

Hoje teve um acontecimento, no trabalho, que compensou todo o estresse da semana.

A chuva caía fininha e eu a via pelos faróis dos carros que seguiam pela Calle Fuencarral, ali, entregando panfletos para as pessoas que passavam, embaixo de um teto de uma loja qualquer, contando no relógio os minutos até oito e meia, mas ainda faltava mais de uma hora.

Reparo que uma velhinha vem subindo a rua (e para pessoas com mais de setenta anos, eu nem entrego a publicidade de uma sex shop... talvez, deveria), não fiz menção de dar a ela o que eu tinha nas mãos, porém, ela chegou perto de mim e disse:

- Me dá um, assim você fica com menos, pára de trabalhar e vai por aí, pela noite, se divertir.

Que fofa!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

reclamação(!).

Estou com medo da semana que vem, a vejo passar tão devagar que até conto as horas.

7 dias - 168 horas.
6 dias de trabalho (3 horas e meia) - 21 horas.
dormir (supondo que durmo 8 por dia) - 56.
curso de web design (carga horária: 6, de segunda a sexta) - 30.
total - 107.

Me sobra 61 horas de tempo livre, média de quase 9 horas por dia. Juro que esse post era para reclamar. Enfim, só queria dizer também que se a Marina parar de escrever no blog dela, alguns segundos dessas 61 horas ficarão bem mais chatos.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

preservativo.

Ontem, 1 de dezembro, foi o Dia Internacional da Luta Contra a Aids.

Citando o assunto "flyeiro" de novo, geralmente, eu estou na rua Fuencarral, parado na calçada do outro lado do Mercado de mesmo nome, entregando a publicidade para as pessoas que passam. Ali na frente, tem uma praça que todas as terças e quartas, fica um caminhão de uma ONG, fazendo testes grátis para a população.

Fiz o meu, no primeiro dia de trabalho. Deu negativo. Mas, apesar de nunca ter feito nenhuma prática de risto, tava com o maior medão na fila. Ah, vai saber!

Eu escrevi tudo isso, só pra me indignar com uma coisa que eu geralmente escutos de amigas minhas. As vezes, elas me contam que transam sem camisinha, porque tavam com tesão, ou porque não tinha, ou por isso ou por aquilo (o que já me deixa chocado), e eu pergunto: "O que você tem mais medo? De ficar grávida ou de pegar alguma doença?" e muitas vezes, já recebi a primeira opção como resposta e meu queixo vai pro chão. Filho, se tira ou se cria...

Enfim, ontem, pedi para a moça que trabalha na ONG algumas camisinhas para entregar com o panfleto d'La Jugueteria, ela me deu uma caixa e eu me senti fazendo uma mega boa ação, dando um flyer e um preservativo.

Vamos se cuidar, pessoal!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

consciência.

Hoje foi mais um dia de meu trabalho de entregar flyers por aí. Mais um dia de "holas" ignorados, mais um dia de caras feias e mais um dia de sorrisos desperdiçados. Mas tudo bem.

Hoje foi um dia que eu descobri uma coisa. Enquanto estava ali, parado numa rua movimentada, dando publicidade às pessoas, vi um cara do outro lado da rua, jogar no chão um panfleto que tinham dado pra ele, e continuar andando. Atravessei a rua, peguei o papel e joguei no lixo. Depois, subi a mesma calçada e vi muitos das propagandas que eu estava oferecendo à gente que passava, no chão, recolhi todos e foram para a lixeira. Logo, percebi que ignorar uma pessoa é uma coisa muito feia que outra pode fazer e nunca mais faço isso, desde então converso com todo mundo que está trabalhando na rua e no frio, claro, quando posso.

Hoje foi o dia da minha descoberta, que é: depois desse tempo na Europa, sou um ser humano mais consciente do outro, de respeitar mais um igual e de que um gesto como pegar uma merda no solo e jogar onde ela deve ser atirada, muda tudo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

alice.

Carta aberta:

"Querida Andreia Horta,

Tenho muitas saudades de São Paulo. Há um ano e quase dois meses saí daí para estudar na Espanha e aqui estou. Não venho por meio dessa expressar toda a história até aqui, pulo essa parte.

Essa semana, caíram em minhas mãos os episódios de Alice, onde, claro, você faz a protagonista. E aqui, te parabenizo pela intensidade, força e expressão que você entrega à essa personagem. Alice é minha amiga, Alice é minha conhecida, eu já a vi por aí, nas ruas dessa cidade tão querida. E não é só porque conversei com você, além de tudo sobre o Teatro Oficina e o Fransérgio Araújo, em um teste que fizemos ali na Vila Madalena, para o Guaraná Antárctica, mas porque ela é querida, passa por problemas reais e claro, mora na capital paulista.

Assistir a essa série, me faz querer chorar. E não é ruim. Quero soltar lágrimas de felicidade, de saudade, de memórias que estão impressas naquelas ruas, por onde você gravou cenas, naqueles bares e discotecas, onde eu já fui e naquelas pessoas, que não estão em outro lugar. Me bate uma dor no coração de não estar ali, na Avenida Paulista agora, sentado no vão do MASP, assistindo seus carros, ônibus e Alices passarem.

Ao contrário do que muita gente pensa, eu acho São Paulo linda. Tem uma beleza cinza com faróis amarelos e vermelhos, e uma chuvinha de leve. E ela fica ainda mais bonita com a bela Andreia "Alice" Horta atuando nela.

Um beijo,
Chico."

domingo, 23 de novembro de 2008

exposição.

Exibindo meu lado nerd e também pelos velhos e bons tempos, hoje fui à exposição oficial de Star Wars. Com objetos, figurinos, modelos, desenhos... tudo original.

A entrada custava 10 euros, mas por sorte ou porque estou em um país que funciona, não paguei nada, já que para desempregados, o ingresso era grátis. Entrei.

Era como se estivesse entrando em um monte de sonhos. De nostalgia. De planetas. De seres loucos. De guerra entre galáxias. Uma mostra muito bem montada, com informativos, textos explicando toda a saga e manequins em tamanho real vestidos com as roupas que só vemos pela tela, agora ali, bem na frente.

Star Wars me fascina. É ao mesmo tempo fácil e difícil explicar porquê. Tem uma magia, uma vontade de ser Jedi e Sith ao mesmo tempo. De poder imaginar outros mundos, conhecer outros seres. Gostaria de poder ver todos os episódios como se estivesse vendo pela primeira vez.

Falei de planetas no outro post, e fiquei com vontade de morar em Utapau (foto do canto inferior esquerdo).

Que a Força esteja com você!

direitos.

Já é um assunto que passou, mas eu precisava expressar minha concordância com o Keith Olbermann, apresentador da MSNBC (e com o Pablo Villaça). É incrível isso das pessoas votarem contra por algo que não vai afetar nada, absolutamente NADA, na vida delas.



"Alguns esclarecimentos, como prefácio: não é uma questão de gritaria ou política ou mesmo sobre a Proposta 8. Eu não tenho nenhum interesse pessoal envolvido, não sou gay e tive que me esforçar para me lembrar de um membro de minha imensa família que é homossexual. (...) E, apesar disso, essa votação para mim é horrível. Horrível. (…) Porque esta é uma questão que gira em torno do coração humano – e se isto soa cafona, que seja.

Se você votou a favor da Proposta 8 ou apóia aqueles que votaram ou o sentimento que eles expressaram, tenho algumas perguntas a fazer, porque, honestamente, não entendo. Por que isso importa para você? O que tem a ver com você? Numa época de volubilidade e de relações que duram apenas uma noite, estas pessoas queriam a mesma oportunidade de estabilidade e felicidade que é uma opção sua. Elas não querem tirar a sua oportunidade. Não querem tirar nada de você. Elas querem o que você quer: uma chance de serem um pouco menos sozinhas neste mundo.

Só que agora você está dizendo para elas: “Não!”. “Vocês não podem viver isto desta forma. Talvez possam ter algo similar – se se comportarem. Se não causarem muitos problemas.” Você se dispõe até mesmo a dar a elas os mesmos direitos legais – mesmo que, ao mesmo tempo, esteja tirando delas o direito legal que tinham (o do casamento civil). Um mundo em volta deste conceito, ainda ancorado no amor e no matrimônio, e você está dizendo para elas: “Não, vocês não podem se casar!”. E se alguém aprovasse uma Lei dizendo que você não pode se casar?

Eu continuo a ouvir a expressão “redefinindo o casamento”. Se este país não tivesse redefinido o casamento, negros não poderiam se casar com brancos. Dezesseis Estados tinham leis que proibiam o casamento inter-racial em 1967. 1967! Os pais do novo Presidente dos Estados Unidos não poderiam ter se casado em quase um terço dos Estados do país que seu filho viria a governar. Ainda pior: se este país não houvesse “redefinido” o casamento, alguns negros não poderiam ter se casado com outros negros. (...) Casamentos não eram legalmente reconhecidos se os noivos fossem escravos. Como escravos eram uma propriedade, não podiam ser marido e mulher ou mãe e filho. Seus votos matrimoniais eram diferenciados: nada de “Até que a morte os separe”, mas sim “Até que a morte ou a distância os separe”.

O casamento entre negros não era legalmente reconhecido assim como os casamentos entre gays (...) hoje não são legalmente reconhecidos.

E incontáveis são, em nossa História, os homens e mulheres forçados pela sociedade a se casarem com alguém do sexo oposto em matrimônios armados ou de conveniência ou de puro desconhecimento; séculos de homens e mulheres que viveram suas vidas envergonhados e infelizes e que, através da mentira para os outros ou para si mesmos, arruinaram inúmeras outras vidas de esposas, maridos e filhos – apenas porque nós dissemos que um homem não pode se casar com outro homem ou que uma mulher não pode se casar com outra mulher. A santidade do matrimônio.

Quantos casamentos como estes aconteceram e como eles podem aumentar a “santidade” do matrimônio em vez de torná-lo insignificante?

E em que isso interessa a você? Ninguém está te pedindo para abraçar a expressão de amor destas pessoas. Mas será que você, como ser humano, não teria que abraçar aquele amor? O mundo já é hostil demais. Ele se coloca contra o amor, contra a esperança e contra aquelas poucas e preciosas emoções que nos fazem seguir adiante. Seu casamento só tem 50% de chance de durar, não importando como você se sente ou o tanto que você batalhará por ele. E, ainda assim, aqui estão estas pessoas tomadas pela alegria diante da possibilidade destes 50%. (...) Com tanto ódio no mundo, com tantas disputas sem sentido e pessoas atiradas umas contra as outras por motivos banais, isto é o que sua religião te manda fazer? Com sua experiência de vida neste mundo cheio de tristeza, isto é o que sua consciência te manda fazer? Com seu conhecimento de que a vida, com vigor interminável, parece desequilibrar o campo de batalha em que todos vivemos em prol da infelicidade e do ódio... é isto que seu coração te manda fazer?

Você quer santificar o casamento? Quer honrar seu Deus e o Amor universal que você acredita que Ele representa? Então dissemine a felicidade – este minúsculo e simbólico grão de felicidade. Divida-o com todos que o buscam. Cite qualquer frase dita por seu líder religioso ou por seu evangelho de escolha que te comande a ficar contra isso. E então me diga como você pode aceitar esta frase e também outra que diz apenas: “Trate os outros como gostaria de ser tratado”.

O seu país – e talvez seu Criador – pede que você assuma uma posição neste momento. Um pedido para que se posicione não numa questão política, religiosa ou mesmo de hetero ou homossexualidade, mas sim numa questão de Amor. (...) Você não tem que ajudar ou aplaudir ou lutar por ela. Apenas não a destrua. Não a apague. Porque mesmo que, num primeiro momento, isto pareça interessar apenas a duas pessoas que você não conhece, não entende e talvez não queira nem conhecer, é, na realidade, uma demonstração de seu amor por seus semelhantes. Porque este é o único mundo que temos. E as demais pessoas também contam."

Tradução: Pablo Villaça.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

palavras.

Eu estava adiando esse texto, por preguiça mesmo ou pelo simples fato de esperar acumular mais, pra poder reportar aqui. Mas é que cada vez que eu vejo, aparece cada coisa bizarra, que quero dividir.

Este blog está registrado no Google Analytics, essa ferramenta serve para muitas coisas, além de mostrar informações sobre os visitantes, mostra as palavras-chave que essas pessoas procuraram no buscador e que resultaram em encontrar este sítio.

E, como muitos, vou mostrar algumas, que vai do bizarro ao curioso.

"casa xexual" - o que uma pessoa quer com isso?
"cantores brasileiros século xvi" - alguém tem registro?
"fale um pouco do começo da vida do ator samuel jackos" - que específico.
"figuraçao de luxo em hollywood" - pô, se tu que buscou isso encontrar, conta aí.
"música famosa que tem palavra azul" - nossa!
"qual o significado da tatuagem da betty boop" - liberdade, fraternidade, igualdade.
"tudo sobre a vida da cantora monica naranjo" - e eu que jurei, pro Luis, que nunca ia escutar nenhuma música dela, me vem essa pessoa e chega no meu blog assim. Aff!

Há um tempo atrás, alguém digitou, na barra do Google "velho transando". Encontrou este blog. Espero que tenha encontrado o que estava procurando.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

panfletos.

E eu? Pra quem interessa, vou passar o reveillon em Paris. Depois de muito sonhar com suas ruas, sua torre e seu ar, esse ano passou com esta sendo "a" cidade. Aquele lugar que antes vinha na imaginação através de fotos, agora na minha cabeça as imagens vêm comigo andando de bicicleta pelo Marais, por Montmartre ou passando ao lado do Louvre. Eu já tenho história para contar de lá e isso sim me emociona.

Esse texto não é sobre a cidade luz, e sim, sobre a minha felicidade de poder ir para lá com um dinheiro a mais para poder gastar no fim de ano. E ele vem de um trabalho que estou fazendo, que estou me esforçando a estar somente para poder disfrutar melhor do que me há de vir no final de dezembro e começo de janeiro.

Estou entregando flyers pelas ruas de Madri para a sex shop de luxo da irmã de uma amiga. É uma loja super bonita, limpinha e com atendentes brasileiras divertidas. Um ambiente agradável.

O problema desse trabalho, para uma pessoa como eu, que gosta de produzir, é não tirar nada de criativo. Não exercito nada, somente levanto o braço e entrego um papel para cada pessoa que passa por mim. E muitas vezes, essa gente é bem escrota. Não pega o panfleto ou faz cara feia. Eu tento sorrir, ser simpático e fazer a pessoa aceitar, nem que ela jogue na lixeira mais próxima, mas as vezes não adianta. Há momentos que eu xingo, em português, para mim mesmo ou em outros, agradeço a atenção dispensada. "Oi? Há um ser humano aqui trabalhando, ele tem sentimentos, beijos".

Falta um mês para eu deixar esse ganha-pão, o mesmo tempo que me resta para ir à minha tão sonhada cidade de pessoas desse tipo, prepotentes e metidas, que passam por mim aqui e não pegam o que eu tenho para oferecer, mas pelo menos, eles são charmosos!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

escuridão.

Vendo essa galeria de fotos do UOL, me bateu uma vontade que eu sempre tive de criar um universo meu. São imagens de planetas que só existem na ficção.

Eu sempre quis ter uma saga criada por mim, cheia de personagens e mundos e lugares, uma coisa a la Star Wars ou mesmo Lost, que tem sua própria enciclopédia.

Talvez eu crie um outro corpo celeste, meio igual à Terra, pra eu morar com, somente, mais algumas pessoas. Eu gosto dessa idéia de ter um planeta todo meu, assim como no livro do Marcelo Rubens Paiva, "Blecaute", em que três estudantes ficam presos numa caverna e todos os seres humanos do mundo ficam estáticos e eles têm a cidade de São Paulo inteira pra eles. Assim como no recente filme "Eu Sou A Lenda", com o Will Smith.

Falando nisso, esses dias eu vi que o fim do mundo está próximo, então, o quanto antes eu quero ter o meu próprio, assim eu posso ir pra lá, antes de 2012.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

embate.

Eu tenho poucos problemas com o cinema, em geral. Eu gosto de tudo, desde cinema alternativo, cult, até o americano, não é segredo pra ninguém. Porém, uma das coisas que sou contra é adaptações literárias. Quando um filme foi roteirizado a partir de um livro. Quem leu, vai ver; mas quem viu não vai ler.

Eu digo isso, até por mim mesmo, afinal estou me deliciando com as letras de José Saramago em "Ensaio Sobre A Cegueira". E com certeza, se eu não estivesse lendo e visse o filme, depois, nada de passar os olhos por suas palavras. Afinal, toda a imaginação que eu poderia ter, já está impressa na tela.

As vezes, digo, há casos que realmente é melhor que esteja tudo filmado e mostrado à frente dos olhos, vide a trilogia "O Senhor dos Anéis", de Peter Jackson. Está claro que ler os livros é um porre e ver os filmes é divertido. Ou quando geram bons filmes, como "Onde os Fracos Não Têm Vez", dos Irmãos Coen.

Tudo bem, tudo bem, eu não sou contra, de verdade. Era só pra fazer polêmica. Mas acho que todo mundo deveria ler o livro antes de ver o filme, seja lá qual for. Assim, o mundo teria mais imaginação.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

tocadores.

Uma das coisas que mais há na Europa, além de gente com cabelo esquisito, é esse povo que faz qualquer coisa na rua pra que atirem moedas. Tem cada tipo. Desde estátuas vivas, até gente sem os dois braços e sacudindo um copo com moedas, e músicos.

Por exemplo, meus pais estavam aqui, estávamos passando pela Ópera, na frente do Palácio Real e indo pra casa. Nos deparamos com um cara tocando um violão espanhol e uma mina ao lado dele tocando um violino. Era tão bonito que o estojo do instrumento à frente deles estava lotado de dinheiro. Muita gente parava e ficava só sentindo a música.

Mas aí, nessa multidão que faz isso para viver, você se depara com um velho, no metrô Alonso Martinez, com cara enrugada e esquisita, tocando muito mal, entre dois lances de escada rolante, um violino tão desafinado que quase estoura os tímpanos.

Sérião, a sorte desse cara é que eu sempre tô com fone de ouvido, senão, certeza que eu pegava as cordas e o enforcava e afinava pro coitado.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

culpa moderna.


Dessa vez, não vou fazer um faixa-a-faixa, vou só comentar.
Um tempo atrás, tinha um cartaz pela cidade dizendo que o Beck vinha fazer show aqui em Madri. Não fui e jurei que não ia escutar o cd, pelo fato de, se eu conhecesse o disco depois e gostasse, ia ficar puto do cara já ter vindo tocar aqui.
Deixando o juramento de lado, na minha nova saga de revolucionar, adicionar coisas novas e resgatar antigas ao meu gosto musical (afinal, esse ano foi de "La Casa Azul", "The Last Shadow Puppets" e Madonna), resolvi escutar o "Modern Guilt" do cantor.
Em algumas escutadas, gostei muito. Ele tem um estilo artístico que eu me identifico e isso se reflete até na capa de seus discos, que eu gosto.
O último album que eu escutei dele, foi o "Sea Change" de 2002. Super melancólico (lembra de "Lost Cause"?). Mas neste, desse ano, ele está um pouco mais animado, o que se percebe em faixas como "Gamma Ray" (que tem clipe), provavelmente, a melhor do disco.
Recomendo. Ou, para quem já conhece e gosta, deixe um comentário!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ponto de vista.

(VALE A PENA LER DE NOVO, diretamente do meu antigo blog: Mil Acasos)



ELA DESAPARECEU.

Priscila Figueiredo tinha cabelo chanel totalmente tinturizado pra chegar no tom preto azulado. Possuía de forma magistral um piercing em forma de ferradura entre as duas narinas. A tatuagem, feita quando tinha apenas quinze anos, era ainda de cores tão vivas que reluzia a Betty Boop tomando quase o braço inteiro. Com uma blusinha simples, porém listrada e uma saia preta de vinil, a menina descia a rua Augusta fumando seu cigarro quase já no filtro.

Priscila Fiqueiredo gostava de ser apresentada de forma que a enaltecesse.

Priscila Figueiredo tinha cabelo tão pixaim que repetidas vezes encontrou um inseto morto, desde então alisava antes de sair. O piercing, que auto fez em seu nariz com uma agulha de costura, mostrava o tamanho da inflamação cheia de pus. A pin-up tatuada em um de seus membros começava a desbotar e por isso, a menina retocava o desenho todos os dias com caneta esferográfica. Ela não usava uma blusinha, esse diminutivo não cabe aqui, o mais correto seria dizer que usava uma blusona, pois a gordura acumulada na barriga, aumentava com o efeito que as listras faziam no tamanho de sua pança.

Priscila Figueiredo também gostava de total sinceridade.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

o escritório.

Quando não é começo do ano (como agora), sinto abstinência de uma droga. Mas ela, de um certo modo, não faz mal assim. Só me priva do resto do mundo por 45 minutos a cada semana. Ela se chama "Lost". E entre Janeiro e Maio dos próximos dois anos (quinta e sexta temporadas), não ouse falar comigo quando eu estiver assistindo um capítulo.

Falei da série da ilha, porque procurava alguma outra pra satisfazer esse vício (já que "Prison Break" ficou muito chata e sem pé nem cabeça). Queria uma que suprisse bem o que Jack e cia. me provocava. E encontrei. Se chama "The Office".

Apesar de não ter nada a ver com "Lost", a série de escritório é viciante. Comédia politicamente incorreta, a turma de Michael Scott é incrível. E mesmo sem nunca ter trabalhado em uma jurisdição, você se identifica com todas as situações ali apresentadas.

Recomendo "The Office".

Um post sem inspiração, meio que só para registrar meu carinho pela série.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

madrilenhos.

Outro dia, enquanto meus pais estavam em Madri, nós passaeávamos em direção a Gran Via. Da rua Princesa, paramos no sinal de pedestres, que estava fechado, para atravessar até Plaza de España.

Em cima da faixa, havia um carro com dois caras, deixando duas meninas na rua. Um dos dois que permaneciam dentro do veículo, espanhol, grita para elas: "Até logo, cuidado com os madrilenhos, hein!"

Eis que, do nada, o velho, claramente nascido nessa cidade, que ao meu lado escutava tudo, começou a xingar e amaldiçoar o pobre rapaz, gritando: "Que porra é essa? Cuidados com os madrilenhos? Vai a merda, filho da puta". E ficou reclamando sozinho até o momento que me distanciei dele.

O menino o olhou com cara de quem-é-você? e partiu com o carro.

Está provado, cuidado com os madrilenhos!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

la nariz.

Só pra constar e dar a resposta da enquete.

"No te gusto" em espanhol é "você não gosta de mim". Pode? Mó estranho, já que "no me gustas" é "eu não gosto de você". Para nós, falantes de português, soa exatamente o contrário.

Mas também, pensar que esses espanhóis chamam O "nariz" no feminino.

Parabéns pra quem acertou!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

botelhão.

Ontem, fui beber uma cerveja com duas amigas, Fernanda e Laila, cariocas super da gema. Vieram estudar Direito na Autônoma de Madri. Fomos ao Reina Sofia, em frente ao museu, fizemos um botellón. Já era 10 da noite e começamos a conversar sobre ''se fosse no Brasil, já teríamos sido assaltados'', aquele papo que surge quando você está sob o escuro do céu, em um lugar ermo e tal, sabe?

Enfim, esse é um dos motivos que me faz não querer voltar pra minha terrinha. Quando eu tava saindo de São Paulo, o que eu mais esperava era poder andar pela rua, a hora que fosse, sem medo de ser morto a tiros ou roubado a facadas. E eu realmente amo poder beber uma com amigos numa praça, ao relento.

Tudo isso, posto em assunto ontem, com as meninas do Rio, nos mostra como esse pequeno país ibérico é muito mais desenvolvido que o nosso tropical. E mais um exemplo disso é que, nesse exato momento, eu estou em um curso de Desenho de Internet, de 300 horas, de graça. Quer dizer, quando, na nossa querida nação, tem cursos bons para desempregados e sem ter que pagar nada?

A coisa é que claramente, viver na Europa, no quesito qualidade de vida, é muito melhor. O único problema é: que faço eu com a saudade e a distância da minha querida família?

terça-feira, 7 de outubro de 2008

tchau.

Há uma hora atrás, eu falei pra minha mãe que eu quero voltar pro Brasil. Não, não será agora. Porém, há um único motivo especial que me faz querer regressar: eu odeio despedidas!

Quando se mora fora do país, mais especialmente em um da Europa, sem previsao de retorno, você diz adeus a muitas pessoas. Uma grande quantidade passa por sua vida, você, com algumas, cria uma relação boa e logo, elas se vão. Tudo bem que logo vêm outras, porém falar tchau para aquelas outras é muito doloroso.

Você pode me dizer que o reencontro é melhor ainda, mas o momento de abraçar, beijar e dizer "até logo" é o que mais fica guardado.

Uma semana atrás, meus pais chegaram aqui para me visitar. Vinham de Milão, Itália e, nesse exato minuto, estão no metrô de Madri em direção ao aeroporto para pegar um vôo para Roma. Eu acabei de me despedir deles, vi o metrô fechando as portas e começando a pegar velocidade e sumir no túnel escuro. Essa provavelmente foi a despedida mais dolorosa. Se despedir do meu pai e da minha mãe, que tanto estão no meu coração. Vê-los chorar. Eu sei que está tudo bem, que nada de ruim aconteceu, mas fica uma dorzinha no peito de saber que eles não estarão mais aqui (em Madri), dormindo no colchão embaixo da minha cama (que fica no alto).

Obrigado por essa semana maravilhosa. Porém, eu jogo uma maldição em quem inventou essa bosta chamada "despedida".

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

amigos.

Tem sempre aquela coisa, quando se vive no exterior, de comparar culturas. Claro, nesse caso, a brasileira e a espanhola. E aí, nesse ról de assuntos, temas e conversas, entre a língua. E como são dois idiomas muito parecidos, muitas vezes eu digo uma palavra que aqui tem um significado completamente diferente. São os falsos cognatos.

Por exemplo: "classe", em português, é "aula", em espanhol. E "aula", em português, é "clase", em espanhol. Ou então "palco" que aqui é "camarote".

Muitas vezes, gera risadas. Mas outras gera embaraços. E mais outras, você se confunde achando que uma coisa quer dizer outra e na verdade é a mesma. Deu pra entender?

É por isso que agora tem uma enquete aqui no blog, aí na barra lateral. "No te gusto" é "eu nao gosto de você" ou "você nao gosta de mim"? E "no me gustas"? É um ou o outro?

domingo, 5 de outubro de 2008

frentonna.

Ontem, conheci uma menina, amiga de uma amiga, que vai ao show da Madonna em São Paulo com credencial. Fiquei com mini invejinha, já que ela pode ir em qualquer dos 5 concertos que a véia faz no Brasil e ainda chegar a hora que quiser e possívelmente ver do ponto que quiser.

Guardado isso no subconsciente, sonhei que eu ia no espetáculo da diva em São Paulo, com essa mina e via tudo lá na frentona. Olhava pra trás, todas as tietes gritando e a gente ali, pertinho, teve uma hora que a assistente da Madonna virou pra mim e mandou eu ir pra trás, porque eu tava até invadindo o palco. Chegamos ao show meio atrasados, já estava na última música do penúltimo bloco... mas ok, ela ia chegar e arrasar no derradeiro com "4 Minutes", "Like A Prayer" e "Give It 2 Me". E pra completar, eu ficava puto que o Justin tinha ido ao Brasil fazer participação.

Acabou, aquela coisa, acordei, sonho, ok. Sonho. Mas quem sabe um dia?

terça-feira, 30 de setembro de 2008

pertencer.

"Vicky Cristina Barcelona", do Woody Allen, é um filme com espírito bem espanhol. Desde o príncipio, com sua bela fotografia com paleta sépia de Javier Aguirresarobe (que fez de muitos outros filmes da Espanha: "Mar Adentro" do Amenábar e "Fale Com Ela" do Almodóvar), os 96 minutos de projeção mostram todo o ar desse país.

Vicky, interpretada por Rebecca Hall, é uma racional. Cristina, papel de Scarlett Johansson, emotiva. Penélope Cruz, uma louca. E Javier Bardem, se esbalda no seu harém.

Não quero entrar em detalhes do filme aqui e nem fazer uma crítica. O que eu quero falar é o que o filme me gerou em determinado momento.

Situar tudo: eu moro em Madrid, Espanha. Apesar de ser rodado em Barcelona, é Hollywoodiano, porém retratando, claro, o país que vivo e que em 10 dias, farei um ano de residência aqui. Na primeira cena de Penélope, ela entra com um diálogo em espanhol, proferindo ao personagem de Javier. Eu não pude evitar ter um sentimento de felicidade ao me sentir inserido na cultura daqui, ao ver dois atores espanhóis ali, na tela. É uma sensação difícil de descrever, mas pode ser mais ou menos explicado quando um brasileiro ver o Rodrigo Santoro em "Lost" ou a Alice Braga em "Eu Sou A Lenda". Uma vontade de vê-los mais, de gozar com suas atuações e de compartilhar com eles, não de forma materna, claro, o mesmo idioma.

Eu pertenço a esse lugar e ele já faz parte de mim.

sábado, 27 de setembro de 2008

zodíaco.

Você acredita em Horóscopo? Se sim, as vezes, a gente tem demonstrações práticas de características de cada signo. Por exemplo, todo mundo diz que os nascidos em Escopião são super conquistadores e fazem de tudo para fisgar você.



INT. DIA - QUARTO DE TOURO
TOURO e ESCORPIÃO estão deitados na cama do quarto de Touro. Acabam de acordar.

TOURO
Sonhei com a Fernanda, minha amiga carioca, que tava antes de ontem na balada.

ESCORPIÃO
Nossa!

TOURO
E você? Lembra do seu sonho?

ESCORPIÃO
Não. Não lembro... Mas, com certeza, foi com você.

Touro e Escorpião se abraçam.



Pode até ser um pouco clichê, mas as pessoas de Escorpião usam todo o seu charme para fazer as outras se apaixonarem por elas.

Agora, se você não acredita... em Horóscopo. Entre no Personare e mude de opinião, beijos.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

nova paixão.

É uma sensação muito boa estar atrás das câmeras. Fazer do ator, que ali é filmado, o que quiser. "Olha, faz com um pouco menos de raiva, dessa vez, ok?" ou "Você pode colocar a cadeira um pouco mais para trás? É pra gente falsear e sua cara entrar no plano."

Hoje foi meu primeiro teste de elenco, não como ator, como diretor. Estava ali, com minha companheira na empreitada, Luanne. E senti que é isso que eu quero fazer. Quero dirigir, mexer com video, com a janela da alma da imagem.

Depois de estudar três anos de artes dramáticas, no Célia Helena, vi que o meu lugar não é em cima dos palcos, é no backstage, é guiando outros atores a contar alguma história que eu queira contar. E com esses longos meses atuando, já tenho bagagem pra orientá-los, sinto.

Em breve, com a data fechada de estar produzido até o dia 30 de outubro, o curta curto que estamos em processo, estará a disposição para quem queira ver. Faremos um making of para servir como aquecimento. E logo, a grande premiere.

E te digo, isso é só o (meu) começo. Cinema.

boladão.

Hoje, eu estava na rua e vi um cartaz do filme "Meet Dave", com o Eddie Murphy. Foi, então que me deu a idéia de escrever sobre esse ator que cada dia mais é egocêntrico e só quer atuar com ele mesmo. Comecei a colher curiosidades sobre o comediante (que pra mim, só fez algo digno dublando o burro de "Shrek"), deparei com esse site e desisti do tema.

"Who's Dated Who?" é uma página que você descobre quem deu umazinha com quem nesse mundo do xoubis. Achei divertido. Lembra da teoria dos 7 graus de separação? Super existe no sexo também, Kevin.

Claro que eu busquei a Madonna.
Sabe quando a barra lateral do navegador tem um botãozinho tão pequeno, devido ao fato da página não acabar mais, o que faz você ter dificuldade para ir abaixando? Então, se tiver curiosidade para saber com quantos mil ela já se atracou, vai apertando a seta pra baixo do teclado, ficadica.
A véia já trepou com um montão de gente e foi aí que meu queixo caiu... entre Jean-Michel Basquiat, Prince e Dennis Rodman tem, ninguém menos que Michael Jackson! Meu, imagina esses dois transando.


Se pá, saindo da festa do Oscar, foi essa a cara de tesão do Jacko que fez a loira ficar com vergonha. E nunca mais, ninguém nunca ouviu ela falando dele.

Voltando ao Eddie Murphy, nada de mais nas pessoas que ele deu uma bimbada. Tirando o fato de ele ter uma filha com uma Spice Girl e ter metido... a cara entre os peitos da Mariah.

domingo, 21 de setembro de 2008

chôu: madonna.

Um show alegre. Madonna esbanja felicidade em cada música que canta. Ela sente prazer em tudo que está fazendo ali, seja pulando corda ou dançando com seus óculos forma de coração. Meu amigo Arthur, acha que é uma realidade fake dela. Eu discordo, ela transmite essa energia de satisfação pra o estádio inteiro, que está ali só para vê-la.

Apesar de não ser o concerto da turnê "Sticky and Sweet" o melhor que ela faz, é um show completo. Tem toda a essência de Madonna. Tirando o fato de não ter a unidade que a "Confessions Tour". Antes, ela tinha uma linha a seguir, aqui parece ter jogado um monte de idéias. São todas de uma pessoa só, então não é algo que prejudica, mas se nota.

Ela canta praticamente todo o cd novo "Hard Candy" e coloca no meio algumas canções de ótima escolha e outras, nem tanto. Cantar "Vogue" com a base de "4 Minutes" foi uma mistura genial e ela dança alucinadamente, fazer Britney Spears gravar um video para "Human Nature" e soltar seu bordão "It's Britney, bitch" foi uma surpresa (mais ou menos, eu tinha lido antes) divertida e, com certeza a melhor música do espetáculo, "Like a Prayer". Mesclada com o hit dos 90 "You Don't Want Me" do Felix, esta ficou extremamente dançante, vontade de pular e cantar junto com as 90 mil pessoas que assistiam a loira.

A felicidade, dita no primeiro parágrafo, nos faz até relevar o fato de Madonna utilizar da faixa de vocal que vai por baixo de sua voz (um quase playback) e, ao contrário das canções que se nota que são tocadas acusticamente, todas as outras ela utiliza esse recurso. No meu faixa-a-faixa de "Hard Candy", sobre "Heartbeat", eu escrevi: "Aqui tem mais agudos que ao vivo serão um desastre." E realmente... ela deveria ter dublado quando, em alguns trechos, o tom era alto.

Eu realmente gostei de ter ido ao show de Madonna, muito mesmo. Me diverti bastante, tanto que, se tivesse mais dinheiro, iria com certeza no show de hoje em Paris.

Há muito mais coisas a comentar, um espetáculo como esse, não merece só 6 parágrafos no blog. Foi muito bom ter completado mais uma das 8 coisas que eu quero fazer antes de morrer. Agora, só fica a promessa da próxima turnê e o acordo firmado entre mim e o amigo francês do começo do texto, de ver juntos e sentir o cuspe da véia cantando na nossa frente.

sábado, 20 de setembro de 2008

pena.

Tem aquela história do dia que eu estava na Ars Animación, a escola que eu estudei 3d. A aula havia acabado e a Maria, uma secretária doidinha que sempre estava de verde ou vermelho, que adorava música brasileira, incluindo Veloso, Gil, Tom Zé, e claro, Tribalistas, como todo europeu, vem me perguntar algo.

Maria (com seu sotaque espanhol) - Que és "zoinho"?
Eu - "Zoinho"?
Maria - Si! Del tema de Caetano Veloso.
Eu - "Zoinho", "zoinho"... pues, "ojo" en portugués es "olho". "Zóio" es una forma coloquial de decir "ojo". Entonces, "zoinho" es "zóio" en el diminutivo. Es una jerga para "pequeno olho".
Maria - Ah... (me faz uma cara de que comeu azedo e volta a fazer suas coisas).

Eu, chego em casa, intrigado: existe alguma música do Doce Bárbaro com essa palavra? Por coincidência, eu havia baixado da internet a discografia inteira dele. Fui até o Itunes e busquei Z-O-I-N-H-O. Nada. Uhm... Zoinho, zoinho... SOZINHO! Claro, era a música do Peninha.

Joder, tía! E assim foi, que no dia seguinte, eu fui correndo contar pra ela. "Sólo" en portugués es "sozinho". Eles já falam mal inglês (por acaso você conhece uma banda que chama "Qüi ol istonei"? Cara, isso merece um post depois), custa pronunciar direito o nosso querido português? Ok, fui duro... mal aí, espanholada!

É isso, agora a minha mais divertida imaginação é a Maria abrindo a porta da sua casa, ligando o som e pensando:
"Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito zoinho!"

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

milhões.

É incrível como hoje em dia você tem milhões de formas de se mostrar na internet.

Eu acabei de me inscrever numa coisa que se chama Blip.fm. É mais um desses gadgets que você se cadastra a cada dia. Esse tem um diferencial do Twitter, você continua com um limite de letras para escrever suas frases, divagações e comentários diários, porém pode acrescentar uma música e fazer uma grande rádio com as canções, já que, quando você dá o play, todos os seus posts tocam um atrás do outro.

Tem o blogspot que você sabe muito bem (afinal, tá lendo ele aqui).

Tem o facebook que é a comunidade social mais organizada e ouso dizer, a melhor.

Tem os milhões de emails que você pode fazer e cada um com suas características fortes.
fmdbianchi@gmail.com - maior espaço, 7 gigabytes e aumentando...
fmdbianchi@hotmail.com - msn.
francisco.bianchi@uol.com.br - todo conteúdo UOL.

Claro, tem o YouTube (com seu grande catálogo de videos) e o Vimeo (com sua grande qualidade nas projeções).

E aí que eu falei do Blip.fm e tava quase esquecendo do Last.fm. Que é tipo um Orkut de música. Você instala um programinha no seu computador e ele escuta todas as bandas que você ouve, faz tabelas de tudo e você vê a sua compatibilidade com os amigos, quantas vezes ouviu a mesma canção, entre outras milhões de coisas.

E percebeu que o único gadget que não tem link é o Orkut, né? Pois é, nem é novidade, mas... cometi orkuticídio.

fumadores.

Em Barajas, Aeroporto de Madri, entrei na pequena jaula que é a zona de fumadores. Pedi um isqueiro a uma tia e fui para um canto da sala, como um animalzinho com seu brinquedo.

Logo em seguida, entra um menino da minha idade, cabelo desgrenhado liso, barba por fazer e bermuda xadrez. Acendeu seu cigarro e foi para o lado oposto ao meu, parando de frente para mim. O observei um pouco, já que era a única pessoa que eu poderia ter alguma cumplicidade ali dentro, por compartir aparentemente os mesmos anos de vida.

Um senhor adentra o recinto. Pele maltratada, olheiras profundas e dentes amarelados. Sabe aquela gente que tem a boca enrugada? Issaí. Acompanho os movimentos do meu "amigo": ele olha o velho com nojo, olha para o cigarro, passeia as pupilas por pontos desfocados, volta ao tabaco em suas mãos, fuma. Instantes depois, vê o senhor e o asco volta à sua face.

Eu acompanhava suas ações, imaginando exatamente o que ele pensava: "Que velho nojento... Acho que é pelo cigarro... Hum... Talvez seja melhor eu parar de fumar... Ahn... Enquanto isso, tchô dar um traguinho aqui..."

Ele soltava a fumaça e olhava o homem, de novo, com aflição. Eu abria um sorriso largo e divertido.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

sim e não.

Eu falei do Skank lá no outro post e nunca foi clara a minha admiração pelo Nando Reis. Sempre fui conhecido por gostar da banda mineira, que saco. Eu acho que... bem, não, ia falar bobagem. Ok, gosto da banda e do cantor da mesma forma. Hoje, não tanto quanto ontem e com certeza há muitas outras gentes que eu prefira, mas mesmo assim, eles estão aqui.

E o ex-titã me evoca muitos sentimentos. Suas letras falam de coisas do cotidiano, como passar uma roupinha aí, porém com uma leveza boa e misturadas com sua forma de cantar, parece algo ingênuo.

Por coincidência, essa semana alguém me falou (de novo) que a Sophia (filha do indivíduo ruivo aí) tava apresentando um programa na MTV. Assisti um video dela no YouTube e, apesar de tudo, deu uma saudade de quando eu saía do Célia Helena e ia encontrar com ela ali numa vilinha do Itaim Bibi. Saudades de quando, (mais uma das sensações boas que o Nando me fez passar) vi o paizão que ele é, num jantar.

Tudo isso, porque eu pedi pra uma amiga escolher uma história que eu já tinha contado pra ela, claro que a primeira que ela me disse foi a do cuspe (meu deus, o povo não esquece isso?), depois, falou da história do cara que parece o Jack do Brokeback Mountain... e bem, a terceira é a que vale, qual é? Jantar na casa do Nando Reis. Tá, vai!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

emprego.

Quando eu cheguei em Madri, a primeira coisa que eu fiz foi espalhar cds com meu set (esse que tá aí do lado e aposto que você nunca deu um playzinho) pela cidade inteira. Ficava gravando milhões de cópias, imprimia o encarte, tudo bonitinho. Me chamaram duas vezes, uma eu até ganhei.

Depois, comecei a entregar currículos em lojas específicas. Deixei num bar perto de casa, que um amigo tinha trabalhado e dito que era legal. Embaixo de casa, tem uma livraria especializada na sétima arte, entreguei ali e também nos dois cinemas em frente. E também, na FNAC. Lá, eu ainda estava em aula e me ligaram, mas eu não atendi e me abafaram legal.

Daí, terminei o curso de animação e fui pra Paris. Ah! Como eu queria saber falar francês, porque lá também eu espalhei minha cara por todas as produtoras possíveis, seja por email ou por DVD. A mesma coisa, reproduzi, aqui, na capital espanhola. E nada!

Enfim, isso quer dizer que eu deva voltar pro Brasil? Ou quer dizer que algo muito grande virá? Acredito na segunda opção. Realmente, acredito que algo há de aparecer e será grandioso. Aguardem notícias do próximo capítulo.

estandarte.

Não é segredo pra ninguém que eu gostei fanaticamente da banda mineira Skank, lá com meus 17 anos de idade. Eu ainda gosto, sabe? Não é uma paixão louca, como quando eu cheguei a ir pra Belo Horizonte, conhecê-los num show e voltar correndo pra São Paulo, porque teria a gravação de um programa de rádio e eu tinha sido selecionado pra ir, mas ouvir o Samuel Rosa, dá uma nostalgia boa.

Esses dias, eles lançaram música nova. "Ainda Gosto Dela", letra do Nando Reis. Meio igual a tudo que eles já fizeram, mas achei bonitinha. Tem participação da Negra Li e, apesar do vocalista não fazer esforço nenhum pra mudar algo na forma de cantar, sua voz tá bonita.

Próximo sábado, dia 20, eu estarei em outro show, porém é o dia que o "Estandarte", novo álbum, chega as lojas.

Eu ainda acho que o Skank podia voltar as origens. Eles dizem que acabou a trilogia de influência britânica ("Cosmotron", "Radiola" e "Carrossel"), mas eles tão nessa desde o "Maquinarama" e parece que esse novo cd vai ser igual. Enfim, é esperar pra ver. Ou melhor, ouvir.

homem vela.

Sábado passado, teve a Noche En Blanco em Madri (pra quem não pode entender o que poderia ter esse nome, eu explico: é como a Virada Cultural de São Paulo, uma noite inteira com atividades culturais espalhadas pela cidade).

Uma dessas artes que estavam expostas na rua foi um cara, semi nu, no frio e sua equipe pedia para que as pessoas jogassem parafina quente das mil velas acesas espalhadas ao redor dele. Que bobagem!

Eu nunca entendi muito bem qual é o intuito de Performances, sabe? E por que diabos existe uma graduação na PUC pra estudar algo como levar cera líquida no corpo. Na verdade, eu acho que essa faculdade é mais um caça níqueis da instituição pros hare-bos, neo-hippies e filhinhos de papai que têm preguiça de estudar artes dramáticas ou que não têm nada na cabeça mesmo, prontodeienter.

Do lado do cara pelado, pronto pra levar uma jatada de parafina no corpo, havia um palanque onde as pessoas podiam ir falar o que quisessem. Foi um sujeito dizer umas coisas e disse algo que eu concordo. "Não acredito nessas artes que machucam". Sério, pra quê? Pra chocar?

A única coisa que me provocou foi dó. E nem foi dele se arrepiando todo cada vez que alguém ia ali e tacava cera, foi dele querer provocar o sadismo nos outros, sendo que no dia seguinte, todo mundo esqueceu... sem contar que não tinha mensagem nenhuma nesse ato.

Então, eu já tenho preguiça de teatro; as vezes, durmo no cinema; imagina você, se eu paro na frente de uma performance...

sábado, 30 de agosto de 2008

mediterrâneo.

Entrei no Mediterrâneo. Primeira vez. Na verdade, em janeiro, eu só molhei os pés, era inverno.
E sentei na areia pra observar como os espanhóis se portam na praia Malvarrosa de Valencia.

Uma dupla de senhoras, passando na minha frente. Uma de maiô e a outra de biquini. A mais velha estregando o béque pra outra. Eu olho entretido, ela me vê e me lança um sorriso cúmplice.

Muitas meninas com os peitos abertos. Mostrando tudo. Tetas bonitas. E lá no mar, nadando, uma gorda pelancuda entra na moda do topless também.

Muitas crianças brincando, fazendo castelos de areia, entrando na água e claro, aquele ao meu lado que passa correndo, tacando com os pés areia nos meus olhos.

E eu, me queimei de um lado só.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

películas.

Outro dia, vi no blog de um amigo francês, um post sobre os 50 filmes que ele mais gosta. Sabe? Nunca pensei nisso. Mas agora decidi fazer um brainstorm e tirar da cabeça, pra daqui um tempo ver se eu concordo com o eu de agora. Então, lá vai (sem ordem de preferência):

Aladdin (Ron Clements/John Musker)

Amelie (Jean-Pierre Jeunet)

Back To The Future (Robert Zemeckis)

Batman Returns (Tim Burton)

Before Sunrise (Richard Linklater)

Before Sunset (Richard Linklater)

Being John Malkovich (Spike Jonze)

Bonnie And Clyde (Arthur Penn)

Brokeback Mountain (Ang Lee)

Central do Brasil (Walter Salles)

Cidade de Deus (Fernando Meirelles)

Collateral (Michal Mann)

Dogville (Lars Von Trier)

Dracula (Francis Ford Coppola)

Ed Wood (Tim Burton)

Ferris Bueller’s Day Off (John Hughes)

Fight Club (David Fincher)

I Clown (Federico Fellini)

Interview With The Vampire (Neil Jordan)

Into The Wild (Sean Penn)

Kill Bill (Quentin Tarantino)

L’Armata Brancaleone (Mario Monicelli)

L’Auberge Espagnole (Cédric Klapisch)

La Mala Educación (Pedro Almodóvar)

La Nuit Americaine (François Truffaut)

La Science des Rêves (Michel Gondry)

Le Mepris (Jean Luc Godard)

Les 400 Coups (François Truffaut)

Moulin Rouge (Baz Luhrmann)

O Cheiro do Ralo (Heitor Dhalia)

Persepolis (Vincent Paronnaud/Marjani Satrapi)

Psycho (Alfred Hitchcock)

Pulp Fiction (Quentin Tarantino)

Ratatouille (Brad Bird)

Saving Private Ryan (Steven Spielberg)

Signs (M. Night Shyamalan)

Singing In The Rain (Gene Kelly/Stanley Donen)

Stand By Me (Rob Reiner)

Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back (Irvin Keshner)

The Assassination Of Jesse James By The Coward Robert Ford (Andrew Dominik)

The Dark Knight (Christopher Nolan)

The Godfather (Francis Ford Coppola)

The Inside Man (Spike Lee)

The Life Aquatic With Steve Zissou (Wes Anderson)

The Lion King (Roger Allers/Rob Minkoff)

The Ring (Gore Verbinski)

The Shining (Stanley Kubrick)

Trainspotting (Danny Boyle)

Une Femme Est Une Femme (Jean Luc Godard)

Wall-E (Andrew Stanton)



Finalmente, terminei. Devo ter esquecido algum ou colocado algum que acho médio, também, pra completar uma lista de 50 filmes...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

chôu: the last shadow puppets.

Meu Last.fm (pra quem não sabe o que é, dei uma uiquipediada) indica que nos últimos 3 meses, o artista mais escutado por mim, quando estou em frente ao computador, é The Last Shadow Puppets, com 817 execuções. Se você pensar que, nesses 90, eu os escutei todos os dias (o que não é verdade, já que no último mês, eu não tinha o meu portátil comigo), eles teriam quase 10 plays por dia. O que seria como fazer uma audição do único álbum "The Age Of Understatement" a cada 24 horas. Ok, ok... exagerei na dose. Mas o ápice teria que vir em um concerto, onde essas devidas execuções fossem ao vivo, ali, na hora, num momento em que se a pessoa perde, nunca mais poderá saber como foi, sabe?

Ontem, cheguei ao topo do vício. Finalmente, depois de uma (longa) espera, eu fui ao show dos Puppets.

Eu não podia acreditar quando, estando em Paris, eles fariam uma apresentação aqui.
Eu não podia acreditar quando, indo até a FNAC, o show estava com os ingressos esgotados.
Eu não podia acreditar quando, chegando na porta da casa, eu encontraria um carinha vendendo o ingresso pelo mesmo preço da bilheteria.

Foi assim que, sozinho, eu entrei no Olympia Music Hall, lugar onde já tocaram Jimi Hendrix, Marlene Dietrich e claro, Madonna, para mais uma experiência musical incrível.
Entrando no palco com uma hora de atraso, os dois cantores Miles Kane e Alex Turner, mostraram uma grande simpatia e desenvoltura. E com uma química inigualável, os dois se completam. Miles é mais estriônico e Alex mais contido.

Começaram com "Calm Like You", engatando com ¨The Age Of Understatement" que fez o público vir a abaixo. Ao vivo, ali, o álbum todo. Terminaram com "Standing Next To Me", pra no bis, voltarem com "In The Heat Of The Morning" do David Bowie e com a derradeira "In My Room" (que, diga-se de passagem, nem é das minhas preferidas).

Pra ficar na memória e pra confirmar o que eu já tinha dito antes: Alex Turner é o charme em pessoa. E tenho dito!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

demo reel.



domingo, 3 de agosto de 2008

três é demais.

Mais uma vez, Maria Renata (que acha que é um Wookie) me incumbiu de responder um meme (esses joguinhos bem besta de blogs, que remetem aqueles questionários de colegial). E aqui estou eu pra responder e, no final, obrigar meus amigos blogueiros, a responder (apesar de nenhum deles ter feito com o último :S ):

Três coisas que me assustam:
01: Samara Morgan.
02: Minhas unhas.
03: Aquecimento global.

Três coisas que eu estou sentindo agora:
01: Ansiedade.
02: Vontade de chegar a Paris.
03: Desejo de encontrar quem eu vou encontrar lá.

Três coisas que tenho ouvido no meu telefone:
01: "Hola, eres Raul?"
02: Mensagem da Movistar.
03: "Te llamo por el anuncio de Info Jobs".

Três coisas que eu odeio:
01: Filmes dublados.
02: Espanhóis pronunciando inglês.
03: Preguiça.

Três coisas que eu não entendo:
01: Como os espanhóis adoram filmes dublados.
02: Como os espanhóis não conseguem falar inglês.
03: Como eu fiquei três dias dentro de casa, com um sol belo e azul lá fora.

Três nomes:
01: Tiago.
02: Gabriel.
03: Martim.

Três coisas em cima da minha mesa:
01: Três cds que o peruano me recomendou e eu nunca ouvi.
02: Meu computador.
03: Uma luminária (que é a única luz do quarto, já que a lâmpada do teto queimou e eu nunca mais troquei).

Três coisas que eu estou fazendo agora:
01: Respondendo essa joça.
02: Ouvindo a televisão vindo láááááá da sala.
03: Esperando quarta-feira.

Três coisas que eu quero fazer antes de morrer:
01: Ter um filho.
02: Escrever um livro.
03: Plantar uma árvore.

Três coisas que eu sei fazer:
01: Me apaixonar.
02: Dormir de conchinha.
03: Dizer em francês: "Je suis content de te rencontrer".

Três coisas que eu não consigo fazer:
01: Não ter preguiça.
02: Parar de jogar no Kurnik.
03: Arrumar meu quarto.

Três maneiras de descrever minha personalidade:
01: Companheiro.
02: Mau humorado.
03: Amigo.

Três filmes que você deveria assistir:
01: "A Noite Americana" - François Truffaut.
02: "Cidade de Deus" - Fernando Meirelles.
03: "O Desprezo" - Jean Luc Godard.

Três filmes que você NÃO deveria perder seu tempo assistindo:
01: "Espartalhões".
02: "Fim dos Tempos".
03: "Titanic".

Três filmes que você sempre assiste:
01: Qualquer episódio de Star Wars.
02: "Batman - O Retorno".
03: Qualquer animação.

Três comidas favoritas:
01: Japonesa.
02: Italiana.
03: Brasileira.

Três coisas que eu gostaria de aprender:
01: Fazer cinema.
02: After Effects.
03: Não pensar demais nas coisas.

Três coisas que eu bebo regularmente:
01: Água.
02: Coca-cola.
03: Cerveja.

Três programas de TV que eu assistia quando era pequeno:
01: Castelo Rá Tim Bum.
02: O Rei do Gado.
03: Éramos Seis.

Três programas de TV que não perco por nada:
01: Lost.
02: Os Aspones.
03: Prison Break (mentira, eu perco).

Três lugares:
01: São Paulo.
02: Madri.
03: Veneza.

Três pessoas:
01: Diego.
02: Bruno.
03: Marco.

Três coisas que faço todo dia:
01: Entrar no Te Dou Um Dado?
02: Jogar uma partidinha de dado no Kurnik.
03: Checar emails.

Três coisas que fiz hoje:
01: Tomei uma (ou duas) cervejinha(s).
02: Assisti "Hancock".
03: Esperei que "Abril Despedaçado" tivesse baixado (e não terminou).

Três coisas na gaveta:
01: Fios.
02: Documentos.
03: Papéis.

Três datas importantes:
01: 10 de maio.
02: Aniversários dos meus pais.
03: Aniversário do meu futuro filho.

Três anos importantes na minha vida:
01: 1985 (nasci).
02: 2003 (minha mudança a São Paulo).
03: 2008 (minha mudança a Madri).

Três livros importantes para mim:
01: Blecaute (Marcelo Rubens Paiva).
02: O Grande Mentecapto (Fernando Sabino).
03: O Dom de Gabriel (Hanif Kureishi)

Três estilos musicas que eu gosto:
01: Pop.
02: Rock.
03: MPB.

Três vícios:
01: Respirar.
02: Dançar.
03: Ansiedade.

Três coisas que desejo pra você:
01: Que responda essa coisa.
02: Tudo que desejo pra mim.
03: Seja feliz.

Bem, acho que as duas únicas que vão responder são: Dani e Paula.

sábado, 26 de julho de 2008

la casa azul way of life.

A minha querida Maria "Chewbacca" Renata me incumbiu um novo meme, adoro esses joguinhos de blog. São tão bestas, mas divertidos de fazer.
As regras são essas:

1- Escolher banda/artista.
2- Responder somente com os títulos das canções.

Eu pensei em escolher os Puppets, mas eles só têm um cd. Acho que Madonna, mas fiquei com preguiça do inglês. A minha decisão, então, é La Casa Azul (principalmente, porque a Daniela vai escolher Skank, assim a gente não se repete).

1. Descreva-se:
Superguay

2. O que as pessoas acham de você:
Como un fan

3. Descreva sua última relação:
C'est Fini

4. Descreva a atual relação:
Mucho Más De Lo Normal

5. Onde queria estar agora:
Un Mundo Mejor

6. O que você pensa sobre o amor:
El Momento Más Feliz

7. Como é sua vida:
Triple Salto Mortal

8. Se tivesse direito a apenas um desejo:
Esta Noche Sólo Cantan Para Mi

9. Uma frase sábia:
No Más Myolastan

10. Uma frase para os próximos:
Siempre Brilla El Sol

Repasso isso aqui pra Dani, pro pessoal do Bebi Meu Progresso e Será Que Sou Eu?, pra Carolina Molina, pras meninas do Neura Nada e pra Paula Guidugli.

confusão.

Todo mundo sabe que eu não moro no Brasil (agora) e quando se está longe dos seus amigos, você acaba vendo-os nas caras da gente que passa por aí. Muitas vezes, eu estou andando na rua e cruzo um "conhecido", vem aquela esperança de "você tá aqui" e depois vejo que nunca vi a pessoa mais gorda.

Por exemplo, ontem. Eu tava na balada e uma menina diz pra eu tomar cuidado com o cigarro no vestido dela. Eu virei e instantâneamente pensei que era a Luanne (que eu nem conheço ainda), numa versão feia. Sorte que não era ela, afinal a original é bonita. No mesmo dia, vejo uma menina com o cabelo preso num coque meio solto atrás da cabeça e me vem a Estrela, que se encontra mais longe ainda (em Buenos Aires) e também um menino com uma camisa quadriculada = Branco.

Mas já vi mais gente por aí, as vezes de propósito, quando fui ao cinema ver "Sexo en Nueva York" e me deparei com Daniela.

De lembrança, já cruzei com o Marco, com o Pedro, com a Camilla, com o Alê, com o André, com a Mariana, com o Bruno... vish, com tanta gente. É o que a solidão amistícia nos proporciona, esses breves momentos de sublimação e a queda logo em seguida. Porém, por sorte já comecei a construir minhas amizades aqui (apesar de que é difícil, o povo está constantemente viajando). Então, hoje eu não vou ficar em casa, vou dar um rolê por aí e ver se encontro o Arrigo e/ou o Rafa e/ou a Joana e/ou Carol e/ou...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

the last shadow puppets - the age of understatement.

Acho que chegou a hora de fazer o faixa-a-faixa d'The Age of Understatement, o disco de debute d'The Last Shadow Puppets, a segunda banda de Alex Turner (Arctic Monkeys) e Miles Kane (The Rascals). O álbum saiu em abril de 2008 e conheci através de um amigo virtual espanhol. Automaticamente viciei. Tem quase 800 reproduções no meu Last.fm.
Os Monkeys, eu já conhecia, até gostava. Os Rascals nunca tinha ouvido. Agora, os Puppets têm todo um charme que só a união desses dois vocalistas poderia gerar.
Aqui vai:

THE AGE OF UNDERSTATEMENT - O primeiro single. Em ritmo de marcha. Os dois aqui cantam com uma fúria calma. Tem umas mudanças melódicas na letra que me encantam. É uma música escura, preta. Nada dançante, mas muito boa. Turner e Kane cantando juntos durante toda a canção, como o projeto pede a união. Só depois que eles fazem o tipo dueto tradicional de cada um cantar um verso. 5 estrelas.

STANDING NEXT TO ME - O amor está do meu lado. Essa já está mais pro bailado. Lembra músicas dos 60: The Beatles. Uma coisa Wonders. O clipe mostra isso também, com um plano sequência e o charme dos dois. Essa música é mais de Kane, que é um pouco mais exagerado, porém nas partes mais fortes, Turner está ali para ajudar. Ainda quero ouvir isso em alguma balada. 5 estrelas.

CALM LIKE YOU - Um conselho para algum cara aí, que deveria ser mais calmo e no final tudo o que ele disse foi: adeus! Essa mostra todo o charme da voz e o talento vocal de Alex Turner, talvez o grande atrativo que me chamou a gostar mais dessa banda. Praticamente cantada só por ele. Lenta, porém gostosa. 4 estrelas.

SEPARATE AND EVER DEADLY - Toda a eloquência de Miles Kane mostrada aqui. Com seu sotaque britânico e claro, com a ajuda do companheiro. Outra vez, a bateria evoca uma marcha, logo depois do refrão. Imagino o vocalista do Rascals cantando "biting, butter and crumbs" cuspindo em todo o microfone, eu falo que o rapaz é exagerado. 4 estrelas.

THE CHAMBER - Essa é de Turner, mas é meio parada. Meio chata. Meio falando de estar preso numa câmara. Meio... hum... sei lá. Todo um instrumental devagar. 2 estrelas.

ONLY THE TRUTH - "Só a verdade" cantado no início como um grito de torcida, a guitarra e a bateria acompanhando, pra logo vir os versos cantados rapidamente com toda a prosódia do Reino Unido. Essa é dos dois, cantando juntos. Escrevendo isso sobre essa música, percebo que o cd todo é inspirado em marchas. 4 estrelas.

MY MISTAKES WERE MADE FOR YOU - Lembra da crítica do Hard Candy, da Madonna que eu escrevi? Eu falava que tem músicas que você começa a gostar só pelo título. Essa d'The Last Shadow Puppets é uma delas. "Meus erros são cometidos para você". Quem canta é Alex Turner. É como uma declaração. Percebo aqui que o Miles Kane não tasca nada quando uma música é do outro. O que me alegro muito, ele deve ter percebido que com o talento do vocalista dos Monkeys, ninguém chega perto. 3 estrelas.

BLACK PANT - Aqui de novo uma influência sessentista. Um twist um pouco mais lento, misturado com frases que perguntam o por quê de pedir desculpas. Uma mescla de momentos em que o ritmo cresce com partes mais lentas. Os dois comandam. Tem um riff em violino (?) com poucas notas, porém muito bem elaborado (talvez seja isso que valha a minha nota). 4 estrelas.

I DON'T LIKE YOU ANYMORE - Essa é do Alex Turner. Aqui ele tá uma escorregada. Uma músiquinha rapidinha com clima de lenta, devagar... meio sono quando fica calma. 3 estrelas.

IN MY ROOM - Meio repetitiva. Meio chata. Quando eu não vou com a cara de uma música, nem tenho muito o que comentar. Afinal, depois que peguei birra, parei de escutar, aperto pra próxima sempre. Mas tem aí o clima de marcha, umas vozes femininas no fundo. Sei lá que mais. 3 estrelas.

MEETING PLACE - Talvez seja essa a que eu mais gosto. Sobre a história de um desencontro amoroso. Eu, como já disse, não sou teórico de música, nem nada. Apenas gosto de escrever o que eu acho das faixas dos discos dos meus artistas do coração. Essa aqui me evoca um clima meio bossa, posso estar totalmente equivocado, mas ok. O encanto das duas vozes fazendo dueto, com atenção, claro, pra quem? Preciso dizer? O que me fez gostar mais dessa é o video que eles gravaram ao vivo, onde no final, o Alex faz um gesto que mostra todo seu charme. "O tempo é cruel pra todo mundo". 5 estrelas.

THE TIME HAS COME AGAIN - Essa eu nunca parei pra escutar. Em verdade, nunca prestei muita atenção, porque eu ouvia a anterior e essa canção vinha, eu não reparava e quando via já tinha terminado. Forma ruim de acabar um disco, parece a Madonna. Eu sempre acho que tem que terminar um álbum com uma música boa, fechando com chave de ouro. Afinal, nos shows sempre deixam as melhores pro final, não? 2 estrelas.

THE AGE OF UNDERSTATEMENT - 4 estrelas.

Enfim, acho que esse faixa-a-faixa foi mais pessoal que técnico... mas também, quem disse que eu manjo assim no musicalmente?
Agora, eu só espero para ir num show deles. Mas segundo a agenda, no site, até outubro só concertos no Reino Unido. Humpf! Isso porque em Março, eles vieram pra Madri, na época que ninguém conhecia ainda e fizeram uma apresentação surpresa, sem divulgação, em uma balada. Quem me dera ter sido o sortudo... mas tem que saber estar no lugar exato, na hora exata. Humpf de novo!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

meu ladrão é meu melhor amigo.

Muita gente aqui me pergunta se o Brasil é perigoso. Minha resposta mais comum é: depende da sua sorte. Digo isso mesmo se a pessoa vai ao Rio de Janeiro ou a São Paulo, afinal, eu morei quase 5 anos na capital paulista e fui assaltado uma única vez... e na verdade, nem foi bem um assalto, foi mais pra um empréstimo amigável de dois reais.

Para aqueles que nunca me ouviram contando essa história, aqui vai:

Estava eu saindo d'A Lôca um domingo qualquer, bêbado, sem tostão pra pegar um taxi, as 5 da manhã. Decidi ir a pé, desci a Rua Frei Caneca, virei ali pra pegar o último quarteirão da Augusta e resolvi comprar um chocolate e uma Coca-Cola no posto que está na esquina dessa rua, com meu atalho do perigo, a Caio Prado. Eu mesmo sabendo que era cheio de árvores, escuro e com 80% de chance de ser roubado, fui por ali mesmo, porque era o caminho mais perto, o álcool e a preguiça batendo.
Fui comendo e sem abrir a lata de refri, no meio do quarteirão, entre a Augusta e a Consolação, sinto alguém segurando meu pulso. "Corre não, senão o cara que tá atrás vai te pegar". Olhei pra trás, tinha um moleque. "Não vou correr, véio, pode me soltar aê" (claro, tem que usar o mesmo linguajar). Ele tirou a mão de mim. "Que que cê tem aí? Abre a carteira". "Pô, véio, só tenho dois reais". Me tirou os dois reais. "E esse dólar aí?". Levou a nota americana também. "É o que eu tenho". "E no outro bolso?". Meu celular estava na assistência técnica e eu com um emprestado. "Pô, esse telefone nem é meu". "Tudo bem, a gente nem rouba celular". "Valeu!". Nisso, num rompante de amizade, o rapaz me diz: "Ei, tu é mó gente fina, véio. Dá um abraço aí". "Oi?". "Pô, tu não vai me dá um abraço?". Eu fiz o gesto carinhoso que ele me pediu. "Quer o dólar de volta?" "Não, valeu, quer a Coca-Cola pra vocês?". "Não, não... falou, véio. Fica com Deus aí, té mais!". E foi embora. Cheguei rindo na minha casa.

Nunca um roubo poderia ter feito minha noite acabar tão agradavelmente.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

sangue.

Outro dia aí, há uns meses, eu tava passando pela Sé de Madri, chamada Puerta del Sol, e vi um desses ônibus de doação de sangue. Como já tinha doado quando morava do lado da Santa Casa de São Paulo, decidi fazer a boa ação novamente. Entrei, a menina me atendeu e me deu uma ficha pra preencher. Assim que eu terminei de escrever, ela volta para mim e diz: "Desculpa, mas você não pode doar." Oi? "É que você é brasileiro." E? "E no Brasil tem selva." Ahn?

Acabei não cedendo meu sangue porque o país que eu nasci tem mato e doenças tropicais (tipo malária, febre amarela...). Pode? Eu tentei argumentar, dizendo que eu nunca tinha visto selva na minha vida, afinal, para a sua consideração, eu vinha de São Paulo, que "somente" é 4 vezes maior que a capital da Espanha. Mas mesmo assim, eu não pude.

E aí, eu fico me perguntando: antes de passar o sangue das pessoas para outras, eles não fazem todos os testes?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

oscar no velho.

Nem é época de Oscar, mas fiquei pensando numa coisa.
Eu acho que o ganhador de melhor ator/atriz (coadjuvante ou não), deveria ser o mais idoso dos 5 indicados. É, isso mesmo. O que tá mais perto do caixão, deveria levar a estátueta de ouro.
Digo isso, porque passou pela minha cabeça que a velha do Titanic já deve ter morrido (segundo o iêmedêbê, Gloria Stuart não morreu não e no último 4 de julho, fez 98 anos) e quando concorreu por atriz secundária, perdeu pra Kim Bassinger (que apesar de não ser tão jovem assim, pode fazer outras coisas pra ganhar).
E outro exemplo é o Hol Holbrook. Que tava lá entre os cinco, esse ano e quem levou foi o Javier Bardem... que ok, merecia. Mas oi? O ator de "Na Natureza Selvagem" vai morrer daqui 2 segundos, beijosmedáumoscar.

Pra polemizar, não acho que o Heath Ledger deva receber Oscar póstumo nenhum. Pra quê? Não vai servir de nada. Quer fazer homenagem? Constrói uma estátua na cidade dele, coloca nome de rua, faz uma cinebiografia ou compra o bonequinho de Coringa do próximo filme.

Mudando o nome do blog para: http://oscarnovelho.blogspot.com.

terça-feira, 8 de julho de 2008

amor e a cidade.

É engraçado como a vida nos coloca em caminhos e parece rir deles na nossa cara. Mas isso é só um ponto de vista. Ela pode estar simplesmente querendo mostrar que nem tudo é uma grande tempestade em copo d'água.

Hoje, recebi meu pagamento por ter trabalhado. Decidi ir ao cinema, ver a adaptação cinematográfica de uma das únicas séries que eu vi do começo ao fim, no nome daqui: "Sexo En Nueva York" (a.k.a. "Sex And The City").

Semana passada, ocorreu em Madri a semana do Orgulho Gay. Começando na quarta-feira e chegando ao fim no domingo. Em meio a baladas e festas pela cidade, onde eu me diverti como nunca, fiquei bêbado, quase casei e mudei, vi show de graça, assisti o clipe da música que eu mais gosto atualmente e milhões de outras histórias, eu terminei um projeto pessoal que há muito escrevia. É uma peça de teatro. Autobiográfica. "Bidu". Mostrando um alterego feminino, em um monólogo, passando pelas dificuldades de ter um amor a distância e superando o fato de estar separada de sua pessoa. Ela sou eu. Eu sou Ela. A minha obra conta como foi a evolução do que eu sinto pelo Pedro.

Hoje, eu vi "Sexo e a Cidade" e saí de lá, no horário local, depois da meia noite, dia 8 de julho. Dia que o Bidu, em questão, faz 24 anos. Entrei no cinema, decidido em não enviar, não contar, não ligar, não interagir, não contactar... Saí do cinema, decidido que houve uma mudança em mim. Acabou o sofrimento. Eu vomitei tudo de mal que sentia. Agora, tem uma sensação boa de ter dividido três anos e meio com uma pessoa que tá guardadinha aqui dentro do meu coração.
Pois, aqui fica meu desejo de Feliz Aniversário. O email pronto pra ser enviado com o documento do Word em anexo, afinal aqui já é o dia de seu nascimento.

La vida nos pone en varios senderos y en ellos, muchas personas vienen y van... y ahora estoy aqui quierendo convertir, los campos en ciudad, mezclando el cielo con el mar con tanto amor para regalar que, con certeza, no me faltará gente para entregarlo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

chôu: the ting tings.

Depois de descobrir que haveria um show do The Ting Tings aqui em Madrid, no Ocho y Medio (que é uma das baladas mais legais daqui) e de graça, fiquei ansioso.
Duas semanas antes, passei na frente de lá e vi um único flyer do concerto no chão, e para entrar era preciso entregar esse papel no dia. Mas tudo bem, porque depois, no Elastico, eu encontrei muitos outros.

Fui com meu (novo) companheiro de apê e uma colega da escola. Ficamos uma hora e meia na fila, com receio de que ia lotar e a gente não poderia entrar. Mas conseguimos.

O show foi bem curto, menor que o tempo de espera, mas valeu a pena. Apesar do calor que fazia lá dentro, por causa das 459 pessoas respirando, deu pra cantar e dançar. Os dois únicos integrantes da banda cantaram os três sucessos e mais umas 4 ou 5 do primeiro álbum.
Katie White (voz, guitarra e contrabaixo) é linda, apesar de ser um pouco antipatica. Ficou na dela, num fez comentários, nem nada. Imagino que seja porque estava um forno aquele lugar e além disso, o povo fumava muito. Coisa que qualquer um que seja de outro lugar da Europa, não está acostumado.

Jules de Martino, que toca bateria e faz uns coros, já é um pouco mais amigável. Falou umas palavras em espanhol e chamou a platéia.

O único problema do concerto é que no bis eles cantaram a última música do disco, que nem é tão boa. Eu preferiria que eles não tocassem "That's Not My Name" durante a parte regular e voltassem com essa, que seria para levantar a galera.

Curto, porém divertido.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

oh! - an understanding of ourselves.

Li no blog da Alessandra (a.k.a. Lelê) do famoso Te Dou Um Dado?, como escolher ao acaso o nome da sua banda, o título do álbum e também a foto da capa.



Então, vou fazer o meu.
1 - O título desse verbete aleatório da Wikipedia. Nome do grupo: Oh!.

2 - As quatro últimas palavras da última frase dessa página de citações randomizadas. Título do disco: An Understanding Of Ourselves.

3 - A terceira foto dessa página de interessantes do Flickr. Capa do disco:

moderneo.

Eu me considero moderninho, porém, com a declaração que eu vou fazer, se você quiser me tirar desse nicho, sinta-se a vontade.
Eu detesto música eletrônica.
Tá, não toda ela. Tem umas vertentes que eu acho legais, como o electropop. Mas a maioria, pra mim, é de querer morrer.

Tanto é que, sexta passada, eu fui com dois amigos em uma balada de... hm... ahn... House? A gente só entrou, porque era a única coisa grátis que tinha no horário. Ficamos 2 minutos e já estávamos completamente encharcardos de suor de tédio. Aí que (claro, eu) tive a genial idéia de cantar músicas conhecidas com o bate-estaca. Deu super certo, rendeu mais uma meia hora de balada. Ficadica.

Modernetes, quero ver quem vai me falar que eu traí o movimento.

taniko.

Minha contabilidade de quantas apresentações eu vi d'"Os Sertões", do Teatro Oficina.
A Terra - 15 vezes.
O Homem I - 30 apresentações.
O Homem II - 10.
A Luta I - 2 ensaios
A Luta II - 1/2 peça.

Hoje, no site da UOL Diversão e Arte, tem um link pra um album de fotos da nova peça do Oficina, "Taniko", que homenageia o centenário da imigração japonesa ao Brasil. Abri, porque, além de outro dia ter visto fotografias de outra obra de Zé Celso Martinez Correa, "Vento Forte Para Pagapagaio Subir", eu gosto de ter esse sentimento de nostalgia, afinal, esse Teat(r)o me traz recordações fortes, sejam boas ou más.
Por um lado, ter visto a adaptação de Euclides da Cunha 57,5 vezes me fez crescer como pessoa, como ator e também não ter preconceitos com (praticamente) nada.
Por outro, me faz ter uma visão crítica acerca das escolhas do diretor e também de toda sua obra, já que não sinto a necessidade de ver "Taniko", porque as fotos me mostraram que é mais do mesmo. Claro que, se eu estivesse em São Paulo agora, eu iria assistir, porém não é uma coisa que eu me arrependa de não viver. Afinal, eu já provei todas as ondas (/A Terra) mais de cinquenta vezes e meia... o que as vezes me parece passar do ponto e isso pode ser percebido com meu auge na segunda parte e depois o decrescente em relação às peças seguintes.

Escrevi tudo isso e fui procurar quantas 6 horas de duração tinha a peça, quando me deparei com uma crítica do Sérgio Salvia Coelho (que já foi meu professor no Célia Helena e - diga-se de passagem - acho que num ia com minha cara, só porque eu dei um tapa na cara dele, num exercício de classe) falando da nova empreitada do Oficina. Bem, "Os Sertões" era tão grande, juntando tudo dava 30 horas de espetáculo, que o que o Sérgio escreve sobre "Taniko" se encaixa como análise de algum momento da saga anterior.
Então, continuo achando que novidade aí, não há.
Aliás, um dos preconceitos que o Zé Celso criou em mim é que teatro com mais de 1 hora de duração, não merece respeito. Assim que eu acho que ele sacou e... "Taniko" tem 60 minutos. Não, não... escrevi certo: mi nu tos.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

mocidade.

Caminhando por aí, as vezes você cruza três velhinhos que te olham, sentados em um banco do parque. Não é uma mirada de julgamento ou de desprezo, mas de curiosidade.
Eles lá com esse pensamento e eu fico intrigado:
- O que passa na cabeça deles ao ver um jovem de 23 anos (que modéstia a parte, parece menos) com camiseta amarela, fone de ouvido escutando música enquanto anda e grandes óculos de aro azul?

"Ah, essa juventude!"

chôu: la casa azul.

Sexta-feira 13. Show d'La Casa Azul. Grátis na festa de Santo Antônio de la Florida.
Convidei o Luis, colega da escola e amigo canário, e a Michal, ex-companheira de apê israelense. Nos encontramos todos em casa, pra beber. Na verdade, só eu que tomei um copo de vodca com coca. E aproveitei pra levar uma garrafinha de água cheia disso aí.
Saímos em direção ao concerto e chegando perto, percebi que já tinha começado. Ouvi, naquela multidão de ruídos, o refrão de "La Revolución Sexual". Saí correndo e me perdi do povo. Depois encontrei e me diverti muito no meu primeiro da banda.
Fiquei tão alegre (de vê-los e do grau de álcool) e cantei e pulei e falei com as pessoas e dancei... tanto é que veio uma menina me pedir um autógrafo no braço.
Eu: Oi? Não sou o Guille Milkyway.
Ela: Tudo bem, eu gosto da sua dança.
Eu: Ok.
E (acho que) escrevi meu nome lá.
Claro que ele cantou "Esa Noche Solo Cantan Para Mi" e foi só pra minha pessoa. Quis quase morrer, só não inteiro, porque queria continuar ouvindo.

(Repare na minha escrita, compare com qualquer post de dois meses atrás e perceba o meu nível de inspiração.)

Agora, dia 3 de Julho tem apresentação d'The Ting Tings, grátis também, no Ocho y Medio. Mais uma boa oportunidade pra repetir tudo outra vez. Ueba!