quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

de novo.

Para a felicidade geral da população mundial de fãs e, ainda mais, da conta bancária da véia, está confirmado: Madonna volta para a segunda parte da turnê Sticky And Sweet. Passará por cidades da Europa, tais como Paris e Madrid e segue para Ásia e Oceania. Não, o Brasil não estará de novo no roteiro da loira (e também, tá todo mundo saturado dela no território tupiniquim).

Madonna já entrou pro Guinness Book como a cantora que mais lucrou com uma série de shows e agora, pelo visto, quer mudar isso e ser a pessoa que mais ganhou dinheiro com uma turnê.

Seja na capital francesa ou na capital espanhola, eu estarei lá (de novo), na frentonna, para sentir o cuspe enquanto ela desafina em "Heartbeat" (se é que ela vai cantar essa, já que rola um boato de que não será tão focado no último disco "Hard Candy", coisa que me alegra um montão).

Vem, Madonna, give it 2 me! Yeah!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

dois mil e doze.

Há muito tempo, o Fantástico, sim, aquele programa da Rede Globo, mostrou uma matéria sobre um tal aí que dizia ter decodificado a Bíblia, encontrando previsões de todas as coisas que já aconteceram e as que vão acontecer, como a Terceira Guerra Mundial e, claro, o Fim do Mundo. Com meus, sei lá, 14 anos, não consegui dormir essa noite.

Eu tenho mó medão de que tudo isso acabe. E aí vem essas histórias maias aí, mais profecias de Nostradamus, os segredos de Fátima e o escambau, e me deixam com mais pavor. Me disseram que haverão uns escolhidos, pessoas que não morrerão e que sobreviverão à grande tragédia, mas eu acho que isso é só balela para aqueles que tiverem mais sorte e estiverem no lugar certo na hora certa. Então, me conta aí que é que vai acontecer (cometa, tsunami, ets...), pra eu estar protegido, faz favor.

Enfim, 2012 está aí (como mostra o trailer abaixo e um post que eu já escrevi aqui) e, certeza que, antes de eu morrer, vou conhecer a Ásia e a Oceania. Beijo, tchau!



Ah, eu adoro filmes-catástrofe!

querida.

Faz alguns dias que eu tenho uma dor de garganta e ela não passa. Talvez, seja o frio que chegou abrupto a Madri, ou então, o cigarro de enrolar que ficou forte demais, ou o fato de eu ter perdido meus dois cachecóis em Paris e ter desascostumado a andar na rua sem enrolar nada no pescoço.

Hoje, antes de deitar, eu fiz um chá, para esquentar a garganta e esperar que quando eu acorde, minha dor tenha passado. Peguei uma panelinha vermelha que tem aqui em casa, bonitinha e calejada, em que nela só cabe a dose de um copo, coloquei água para esquentar e fiquei ali, aguardando.

Enquanto eu colocava o saquinho de camomila e um pouco do mel, que cristalizou dentro do pote, na caneca, percebi que a pequena panela estava tremendo. Pela física o fenômeno seria explicado pela ebulicão da substância, mas para mim, naquele momento, era como se a panelinha queria mostrar que nervosa, ansiosa, cheia de dúvidas e literalmente, a ponto de explodir. Foi então que, com um instinto amigável, coloquei a mão no cabo de plástico e com esta, a abracei e fiz carinho. Quando soltei, a panelinha estava quietinha, calminha e feliz, com seu conteúdo fervendo e pronto para ser despejado no outro recipiente.

Bebi o chá, me aconcheguei na cama, coloquei o computador na barriga e escrevi essa histórinha, esperando que, depois de dormir, quando estiver sonhando, alguém faça um cafuné na minha cabeça pra me afastar desses nervos, essas ânsias, essas dúvidas e essa iminente explosão.

domingo, 25 de janeiro de 2009

favelado milionário.


Uma pitada de referências pop, com um pouco de decupagem brega, mais um tantinho de músicas indianas, daonde vem, claro, uma porção cheia de Bollywood e uma alternância acertada entre hindu e inglês, Danny Boyle faz de "Slumdog Millionaire" (na tradução brasileira "Quem Quer Ser Um Milionário?", um belo filme, com cenas memoráveis e a emoção do primeiro "Show do Milhão" (lembra?).

(Música do trailer: The Ting Tings, "Great DJ", que nada tem a ver com o filme e nem com sua trilha sonora.)

Prefira ir ao cinema, assistir essa película do diretor de um dos meus filmes preferidos ("Trainspotting"), que assistir as estripulias ridículas de Gloria Pérez e sua "Caminho das Índias", por favor.

domingo, 18 de janeiro de 2009

salão.

pops diz:
o que ela faz ai?
Francisco diz:
cinema.
pops diz:
cinema em paris, chato.
Francisco diz:
pois é.
Francisco diz:
Me interessa estudar aqui, hoje fui no Salão do Cinema e tinha um monte de stands de escolas, fui perguntar por informações (em inglês) e levei uns 3 "NÃOS" na cara falando que SÓ se eu falasse francês. Com toda a delicadeza desse país, não me deixando nem tempo de dizer: "olha, eu vou aprender a BOSTA do seu idioma, porra!" Saí de lá querendo ir correndo (literalmente) pra Espanha.
Francisco diz:
acabei de escrever um post do meu blog pra você.
pops diz:
ahhhhh : )
pops diz:
franceses sao uó

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

chôu: little joy.

A grande reclamação que eu ouvi depois da apresentação do Little Joy, na La Maroquinerie, foi que foi um show curto demais. Talvez, isso seja um elogio, já que as pessoas estavam tão fascinadas pela simpatia dos três integrantes (e até da meio songa-melancólica-morta Binki Shapiro) que nem viram o tempo passar.

Eu também não percebi os quarenta ou cinquenta minutos passando, foi tudo muito rápido. Então, quiçá meu único protesto é que eu não aproveitei o concerto tanto quanto queria, como percebi depois que este acabou. Seja culpa deles ou minha, eu desejava ter vivenciado mais, cantado mais e dançado mais.

Fabrizio Moretti estava completamente inspirado e piadista, conversava com o público, bebia sua cerveja e se concentrava em sua música e sua guitarra. A mesma energia vinda de Rodrigo Amarante, com suas veias do pescoço e da testa saltando de emoção, que parecia se divertir com cara folk saído de seus instrumentos. Só senti falta de uma liderança sua como vocalista e frontman. E a garota, já citada, Binki Shapiro, ao contrário do que sempre me pareceu nos videos da banda, estava alegre, sorria e zoou a própria cara quando deixou cair cerveja no vestido, pegou o microfone e disse: "olha, só queria dizer que a breja espirrou, não estou molhadinha."

As músicas mais agitadinhas (exemplo: "No One's Better Sake", "How to Hang a Warhol" e "Brand New Start"), quando tocadas, levavam o público, de mais ou menos 250 pessoas, à baixo. E as mais lentas emocionaram, como o começo tocante tendo só o Amarante no palco, tocando seu violão e cantando "Evaporar".

Um espetáculo imperdível, que apesar de curto, poderia valer muito mais que 70 reais.

novela.

Era treze de janeiro de dois mil e oito nove e Maria Marta ainda não tinha os dois ingressos que precisava para entrar ao concerto de uma banda que ela mal conhecia, só tinha ouvido falar de seus integrantes: um era vocalista e guitarrista de uma banda conhecida em seu país, os outros eram o baterista de um grupo de rock famoso em todo o mundo e sua namorada. Os três formavam o Little Joy!

Então, Maria Marta combinou com seu amigo Francisco Mariano de se encontrarem numa grande loja de departamentos, mais conhecida como FNAC para que a garota comprasse os ingressos seu e de sua irmã. Os dois se encontraram lá, mas naquele local, já não tinha mais entradas para o show. Foram até o magazin concorrente e se depararam com o mesmo destino. Nada. Esgotado. Casa cheia. E agora? O que Maria Marta e Francisco Mariano iam fazer?

Paris, dia chuvoso. Aquela garoinha chata que não passa. A única alternativa que apareceu na mente de Francisco Mariano era ir até o auditório onde seria realizado o espetáculo e tentar comprar ali, porque afinal, seria o único lugar que haveria de ter entradas ainda. E lá foram eles, de metrô, até a La Maroquinerie, afastado, mas ainda dentro da capital francesa. Buscaram e procuraram, até que chegaram à rua e viram o letreiro indicando que era ali.

Francisco Mariano e Maria Marta entraram no pequeno hall-corredor e deram de cara com Fabrizio Moretti (sim, o tal famoso da bateria e integrante do Little Joy) conversando com um cara qualquer. Foi então que Francisco Mariano perguntou pra ele (assim, sem mostrar deslumbramento, sem mostrar que sabia seu nome, afinal, essa gente quer que os trate como se você não os conhecesse, não?): "ainda tem ingresso?" "Pô, não sei... deixa eu perguntar pro produtor... Is it sold out? Yeah? Ok!" Então, Rodrigo Amarante (este, companheiro de banda e do vocal/guitarra da outra) ouvindo tudo, se aprochegou e disse: "Ah! A gente coloca vocês na lista..." "Eu já tenho ingresso, mas ela não." Foi assim que Maria Marta, com o cavalheirismo e simpatia dos dois integrantes do grupo de folk, ganhou dois convites para o concerto da noite. Todos eles se despediram com a breve chegada de Binki Shapiro (a namorada integrante também do Little Joy) e eles se foram.

Francisco Mariano e Maria Marta não teriam a mesma sorte, se tivessem chegado cinco minutos depois, mas ficaram muito felizes e já tinham a certeza de ter o palco montado para o que seguramente lhes esperava: um show maravilhoso!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

coringa.

Todo mundo já falou, já comentou e agora já odeia (afinal, é popular) "The Dark Knight" (ou na versão brasileira "Batman - O Cavaleiro das Trevas"). Mas eu vou continuar falando, comentando e não odiando um dos melhores filmes do ano passado e com certeza, a mais bem realizada adaptação de um personagem de história em quadrinhos.

Ontem, por uma coincidência um tanto quanto macabra ou talvez, obra do inconsciente, assisti pela terceira vez ao filme. Tudo isso, porque quando escolhi vê-lo, não pensava que poderia ser uma homenagem ao Globo de Ouro conquistado pelo Heath Ledger. E depois das quase duas horas e meia de película, continuo afirmando... o filme é do caralho!

Eu disse que tô querendo instaurar o Coringa em Paris, talvez o fato de rever, era um pedido do meu cérebro querendo inspiração para isso.

(melhor plano do filme, sintetiza todo o caos do personagem)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

róliudiano.

Hoje, um passarinho verde-amarelo-azul-e-vermelho (leia-se Google), me informou que uma pessoa em West Hollywood, California, entrou nesse blog que você está lendo. Sim, um leitor é da terra do cinema, cara... que emoção! Por isso, a seguir vai um pedido especial para essa pessoa querida:

Hello! If you, citizen of West Hollywood, are insisting in reading my blog, think about clicking in the banner of my portfolio and spread it to your city. If you get me a job in anything concerning cinema, graphic arts and design, I'll be super thankful. See ya!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

quatro vezes vinte mais dez.

Saí de casa, peguei a chave da bicicleta (dessas que alugam por 30 minutos em Paris) que o Diego achou na rua e fui dar uma volta por aí. Passei na frente de uma loja dessas de comics, cheia de bonequinhos, livros de cinema e coisas para nerds. Resolvi parar e ver o que eles tinham para oferecer. Vi uma estátua do Coringa, com roupa violeta, máscara de palhaço e sua maquiagem, tudo imitando o personagem de Heath Ledger no filme "The Dark Knight". Custava 90 euros e eu pensei: "Quando eu ganhar meu primeiro salário, vou comprar para ter na minha mesa de designer".

Abri a porta da loja, para a rua, subi na bicicleta, estava indo em direção à Notre Dame, para parar um pouco ali e ver a vista. E em cada semáforo vermelho que eu passava, eu seguia as leis dos automóveis (algo que todo velocista deve fazer nessa cidade cheia de "magrelas"), parando e esperando a luz verde aparecer. Chegando perto da catedral, atravessei uma rua sem reparar no farol, que estava dizendo que era proibido, para quem estava na minha via, passar naquele instante. Um carro acelerou e eu desci da bicicleta, pedindo desculpas, porque não havia visto e levando meu transporte nas mãos, já que tinha feito algo errado.

Foi aí que vi um policial vesgo vindo em minha direção. Na hora, não pensava que ele queria era me encher o saco, afinal, ele também olhava para uma das torres da igreja. Pois era comigo mesmo, me dizendo em francês que eu tinha feito um grave delito e que eu tinha que pagar uma multa de, como na língua deles, 4 vezes 20 mais 10 euros. Eu pedi perdão, implorei por um fiapo de jeitinho brasileiro na alma dele, mas a sua companheira policial, vaca que só ela, fazia cara feia para minhas súplicas. Me levaram para a delegacia e eu morrendo de medo deles descobrirem que a bicicleta tinha sido achada na rua. Lá dentro, me fizeram pagar a conta, mesmo com o tira estrábico duvidando se era 22 ou 90 euros, e a querida cadela policial dizendo "noventa, noventa!".

Eu paguei o preço da minha desejada estátuazinha do Coringa. Saindo de lá, dizendo "merci beaucoup" com uma olhada severa para a puta de uniforme (era só o que eu podia fazer, já que ela que "tem o poder"), e desejando que eu fosse o vilão maquiado, assim, eu teria a coragem de explodir aquele prédio ou matar toda aquela gente. Paris não tem Batman, estou pensando em tirar a maquiagem da gaveta...