sexta-feira, 19 de junho de 2009

crise.

Crise:
- Não ter dinheiro.
- Ter que pedir grana emprestada.
- Trabalhar demais.
- Dormir pouco.
- Não ter amigos em Paris.
- Não ter com quem conversar.
- Morar nessa cidade morta. De gente morta. De relações mortas.
- Auto-estima menos dez, quando ninguém quer te ver.
- Não ter um amor pra compartilhar.
- Calor do Saara/chuva que não pára.
- Brigar com os pais.

Vai passar, afinal, o livro da Polly, "Vacaciones", tá aí pra mostrar que a gente pode dar a volta por cima... mas e a preguiça? Quero que o fim dessa merda chegue logo e dessa vez, não vou mover um fio de cabelo. Ele que caia no meu colo ou bata na minha porta já!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

cartazes.

Nas minhas andanças por blogs e sites, enquanto não tenho nada para fazer nesse escritório, encontrei esse blog/portifolio, chamado Film the Blanks, de um cara que não assina os trabalhos. Espero saber quem é (se alguém achar, me avisa).

Uma idéia simples e ele a executa de uma forma muito bonita. Deixa ali, através dos pixels só a marca principal de cada pôster de cinema. E como todo mundo sabe, sou apaixonado por todos eles.

Aqui abaixo, deixo uns exemplos, dos mais legais.






ressaca.

Continuando a minha saga por reclamar desse mal humorado país, hoje reservei minha entrada na pré-estréia de "The Hangover", uma comédia americana sobre uns caras que vão pra Las Vegas numa despedida de solteiro, passam "aquela" noite e no dia seguinte só problemas. Típico. Meu ingresso é gratuito, já que tenho o cartão do cinema, que, com 20 euros por mês, posso assistir qualquer filme a qualquer hora, quantas vezes quiser. Vejo todos (em inglês, espanhol e português... já que, em francês, ainda é difícil).

Não venho por meio desta, falar sobre o filme (apesar de mais abaixo, eu colocar o trailer, que parece divertido e tem o Andy de "The Office") e sim do fato do filme ser intitulado aqui, na França, de "Very Bad Trip". Oi?

Por que trocar o nome do filme, que já é inglês, por outro na mesma língua? Por que não "Geule de bois"?

Vai entender.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

discos.

Em maio foi sancionada uma lei aqui na França que condena com um ano de distância a internet todos aqueles que fizerem downloads ilegais. Me parece que vai entrar em vigor em setembro. Bem, até lá, eu tenho 2 meses antes de começar a pedir para os amigos na Espanha e no Brasil me enviarem cds gravados com os arquivos que eu quero.

E, depois de passar um pouco o vício na Lily Allen, estou escutando bastante três bandas inglesas (que, claro, eu baixei os cds) e coloco aqui os links de download de seus respectivos albuns.

Late of the Pier - "Fantasy Black Channel" - download
Apesar de formada em 2004, só gravou o primeiro trabalho em 2008. Tem uma influência electro com rock. A música que eu mais gosto, no momento, tem um clipe com estilo caseiro e um riff como refrão bem pegajoso: "Space and the Woods".
Como identificou o Bruno, é uma mistura de MGMT com Franz Ferdinand.

Friendly Fires - "Friendly Fires" - download
Também lançou o disco no ano passado, quase na mesma época (a de cima em agosto e essa em setembro), se parecem quando usam o eletrônico como base. O que eu gosto nessa, principalmente na faixa que abre o album, é o uso de percussão. Sem contar que tem uma música chamada "Paris" que o vocalista Ed Macfarlane canta que um dia vai viver nessa cidade (mal sabe ele que não é toda essa maravilha que pintam por aí).

The Rumble Strips - "Welcome To The Walk Alone" - download
Vejo essa como a mais artística, abusando de melodias bonitas. A voz do Henry Clark parece um pouco de Robert Smith, do The Cure. E um outro instrumento pouco usado em bandas de rock (como os tambores no grupo de acima) é o naipe de metais, que dá um toque leve. "Daniel" e "Back Bone" são os destaques.

Nunca fui disso, de disponibilizar troca de arquivos. Por um lado sou contra, afinal acho que artistas têm mais é que ganhar dinheiro, mas aí que está, com venda de cds, quem ganha é gravadora. Enfim, se não fosse por baixar arquivos, não teria chegado a mim muitas coisas boas, então, deixe chegar a ti essas que eu te sugiro e comente o que achou.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

pá direita.

Tenho reclamado muito, eu sei. Mas é praticamente impossível não me queixar, morando na cidade do mau humor.

Paris é linda. Não há como negar. Porém, o mesmo não pode ser dito da personalidade de seus habitantes. Depois de voltar de Amsterdam, Holanda e ver que os dutchs são um povo alegre, acolhedor e calmo, acostumar-se com a rotina parisiense é muito difícil. As pessoas aqui são realmente blasés, chatas e constantemente com a pá virada 24 horas por dia.

Um exemplo disso é a zeladora do prédio onde fica a agência que eu trabalho. Todos os dias, eu chegava de manhã e (mesmo se eu não estivesse de bom humor) abria um sorriso e lhe dizia "bonjour", ela sempre me respondeu com uma cara fechada e séria. Até hoje, que eu me peguei fazendo a mesma coisa, dizendo o "bom dia" em sua língua com o mesmo semblante sem vida.

Por favor, senhor, não me deixe influenciar por esses franceses insuportáveis!

(Update: Ontem, estava na porta do prédio e vi que essa senhora ia sair. Abri gentilmente pra ela sair e, pela primeira vez em 3 meses, vi ela sorrir e agradecer.)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

direitos.

Minha amiga Luanne Araújo esteve há pouco em Londres e me enviou essa foto da revista New London editada lá.

(Errata - na verdade, eu não sei se é editada lá... as palavras escritas na capa estão em francês e a manchete da foto diz: "Eu estou sufocando em Paris! Para mim, o ar de Londres!" - bem o que se passa aqui comigo agora.)

Sem querer achar que o mundo gira em torno do meu umbigo, mas... como eu fiquei muito tempo com essa foto no Facebook, não duvido nada que alguém tenha visto e reproduzido. Até o moletom tem a mesma cor, cara.

"Luanne, liga lá na redação e pede nossos royalties."


Né não?