segunda-feira, 14 de abril de 2008

velhos no metrô.

Eu sempre cedo meu lugar ao idoso no ônibus e no metrô.
Mas aí, você se fode quando vai pra uma cidade tipo Milão. Tá, é legal fazer a boa ação dia, mas tem dia que, pôxa, você tá afim é de se largar no assento e ver a paisagem porque andou pra lá e pra cá sem parar (e como se não bastasse: debaixo de chuva). E como aquela cidade na Itália só tem geriátricos, fica difícil ser preguiçoso no trem.
Aí, você voa pra Madri, pega o metrôzinho ali no aeroporto mesmo e segue em direção a sua casa. Bem, essa cidade tem muito menos velhos que na outra citada ali em cima, mas as vezes tem um ou outro pra encher o saco, fazer cara de coitado e te tirar do banco.
Mas tudo bem, eu levanto de coração.
A grande revolta disso tudo é quando alguém quer intervir. Outro dia, eu tava num ônibus em São Paulo, sentado no banco ali na frente, antes de passar pela catraca, lendo um livro (detalhe: o assento não era reservado, nada de cabeceira amarelinha). Aí, uma velha entrou e eu nem me liguei. Tava entretido. Ouço: "A senhora quer sentar ali?". Um idiota se achando o dono da boa ação, apontando pra mim. Oi? E se eu não tenho um e você num viu? Oi? E se eu sou um cara de 73 anos tipo Angêla Bismarchi de tanta plástica? Oi? E se eu sou o homem-grávido? Hein? Hein?

Por isso, no transporte público de São Paulo, a única coisa que eu sinto falta são aqueles bancos em cor cinza no Metrô. Cara, é genial. Os véio tudo sentam lá e você fica livre de ter que se levantar, se estiver no assento marronzinho.



P.S. - Essa não é a razão do nome do blog.

Um comentário:

Dani Sylvestre disse...

Eu levei uma guardachuvada de uma velhinha uam vez! Só pq eu estudava, com fones de ouvido, num banco na frente (não era reservado).