Eu também não percebi os quarenta ou cinquenta minutos passando, foi tudo muito rápido. Então, quiçá meu único protesto é que eu não aproveitei o concerto tanto quanto queria, como percebi depois que este acabou. Seja culpa deles ou minha, eu desejava ter vivenciado mais, cantado mais e dançado mais.
Fabrizio Moretti estava completamente inspirado e piadista, conversava com o público, bebia sua cerveja e se concentrava em sua música e sua guitarra. A mesma energia vinda de Rodrigo Amarante, com suas veias do pescoço e da testa saltando de emoção, que parecia se divertir com cara folk saído de seus instrumentos. Só senti falta de uma liderança sua como vocalista e frontman. E a garota, já citada, Binki Shapiro, ao contrário do que sempre me pareceu nos videos da banda, estava alegre, sorria e zoou a própria cara quando deixou cair cerveja no vestido, pegou o microfone e disse: "olha, só queria dizer que a breja espirrou, não estou molhadinha."
As músicas mais agitadinhas (exemplo: "No One's Better Sake", "How to Hang a Warhol" e "Brand New Start"), quando tocadas, levavam o público, de mais ou menos 250 pessoas, à baixo. E as mais lentas emocionaram, como o começo tocante tendo só o Amarante no palco, tocando seu violão e cantando "Evaporar".
Um espetáculo imperdível, que apesar de curto, poderia valer muito mais que 70 reais.

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