quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

chôu: little joy.

A grande reclamação que eu ouvi depois da apresentação do Little Joy, na La Maroquinerie, foi que foi um show curto demais. Talvez, isso seja um elogio, já que as pessoas estavam tão fascinadas pela simpatia dos três integrantes (e até da meio songa-melancólica-morta Binki Shapiro) que nem viram o tempo passar.

Eu também não percebi os quarenta ou cinquenta minutos passando, foi tudo muito rápido. Então, quiçá meu único protesto é que eu não aproveitei o concerto tanto quanto queria, como percebi depois que este acabou. Seja culpa deles ou minha, eu desejava ter vivenciado mais, cantado mais e dançado mais.

Fabrizio Moretti estava completamente inspirado e piadista, conversava com o público, bebia sua cerveja e se concentrava em sua música e sua guitarra. A mesma energia vinda de Rodrigo Amarante, com suas veias do pescoço e da testa saltando de emoção, que parecia se divertir com cara folk saído de seus instrumentos. Só senti falta de uma liderança sua como vocalista e frontman. E a garota, já citada, Binki Shapiro, ao contrário do que sempre me pareceu nos videos da banda, estava alegre, sorria e zoou a própria cara quando deixou cair cerveja no vestido, pegou o microfone e disse: "olha, só queria dizer que a breja espirrou, não estou molhadinha."

As músicas mais agitadinhas (exemplo: "No One's Better Sake", "How to Hang a Warhol" e "Brand New Start"), quando tocadas, levavam o público, de mais ou menos 250 pessoas, à baixo. E as mais lentas emocionaram, como o começo tocante tendo só o Amarante no palco, tocando seu violão e cantando "Evaporar".

Um espetáculo imperdível, que apesar de curto, poderia valer muito mais que 70 reais.

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