segunda-feira, 2 de junho de 2008

quentin.

Eu adoro quando eu aprendo cinema assistindo cinema.

François Truffaut, com sua linguagem metalinguística, me mostrou os bastidores de uma filmagem com seu, para mim o filme da minha vida, "A Noite Americana".
Jean-Luc Godard, com seu jeito teórico, também colocou película dentro de si mesma no ótimo "O Desprezo", longa com um dos planos mais bonitos que eu já vi: Brigitte Bardot, óculos escuros, mar.
Cito os dois da Nouvelle Vague para falar de um terceiro, contemporâneo e que talvez não tenha nada que ver com esses dois, que, mesmo tendo estudado a sétima arte na videolocadora que trabalhava, me ensina muito quando vejo qualquer de suas obras.

Quentin Tarantino.
Essa semana vi as duas partes de Kill Bill, pela enésima vez. Aqui não há encenação de rodagem em nenhum frame, porém, com todas as suas citações (de western, de japoneses, de drama, de comédia) ele faz um filme com tanta unidade e tudo acaba se encaixando tão perfeitamente.
Eu tenho impressão de que, quando ele estava escrevendo o roteiro, ele psicografou cada frase de algum deus lá em cima. E uma das coisas que eu mais gosto de ver, quando assisto a seus filmes, são os diálogos certeiros. Combinando isso com seu talento para dirigir todos os atores e escolher os melhores ângulos para colocar sua câmera e claro, a trilha sonora que eu sempre me pergunto: onde diabos você encontrou uma música tão perfeita?
Sem contar que ele parece ser um cara tão legal, esse Samuel Rosa ianque.

Entre os poucos diretores que eu realmente gosto, ele certamente tem seu lugar garantido. Sentado ao lado dos dois citados acima.

Nenhum comentário: