quarta-feira, 8 de julho de 2009

agradecimento.

O primeiro trabalho que Francisco viu do diretor parisiense François Truffaut foi "A Noite Americana". Ali em um finado cinema da cidade de São Paulo, na rua Augusta do lado Jardins. Era alguma edição da Mostra Internacional e, por acaso, este entrou numa sessão em película do que viria ser o seu filme preferido de todos os tempos. Sua paixão o fez querer ver toda a filmografia do diretor que carregava a versão francesa de seu nome e o que te fato quase ocorreu, lhe faltando alguns poucos.

"Beijos Proibidos", "Domicílio Conjugal", "Amor em Fuga", "Um Só Pecado", "A Sereia do Mississipi", "Atirem no Pianista", "Na Idade da Inocência", "Jules e Jim", "O Garoto Selvagem", "O Homem Que Amava as Mulheres", "A Mulher do Lado",…

Quase todos, Francisco viu no também passado Top Cine, um cinema de pulgas que ficava numa galeria na Avenida Paulista, mas pelo rapaz considerado o melhor de São Paulo, por ter uma boa programação.

Muito influenciado por seu xará, Francisco sempre quis conhecer Paris e quando finalmente ele foi, uma emoção muito forte tomou o seu corpo. Ele estava ali, na terra do, que poderia chamar seu, ídolo, alguém que, se ele acreditasse em vidas passadas, gostaria de ter sido.

O arrebatamento foi tanto que Francisco decidiu mudar-se para a capital francesa e depois de dois meses sem conseguir alugar um lugar para chamar de seu, este foi ao túmulo de François e ali ficou, por algumas horas. Nesse tempo, mesmo sendo demasiado racional e cético, Francisco pediu ao diretor francês, uma ajuda para encontrar um teto, oferecendo em troca uma rosa.

Por felicidade e espanto de Francisco, François ouviu sua prece e, sem alguma explicação que não fosse sobrenatural, lhe concedeu um pequeno apartamento através de uma amiga dos pais de Francisco. Claramente ali tinha uma mão de François.

Francisco, mesmo descrente do auxílio de François, decidiu não levar uma rosa e sim um lírio, por ele considerada uma flor mais bonita. E deixou ali, no mármore escuro, mentalizando um "obrigado".

Três meses já se passaram e Francisco Bianchi vem por meio desta agradecer, mais uma vez, a François Truffaut.

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